Em Portugal, uma lei revista em 2017 proíbe a aplicação de glifosato em diversos espaços públicos. No entanto, não interdita completamente o uso do pesticida. Das 308 câmaras em Portugal, apenas 13 aboliram o uso da substância – Alcanena, Aveiro, Braga, Cabeceiras de Basto, Castelo de Paiva, Castro Verde, Funchal, Lousada, Porto, São Vicente, São Pedro do Sul, Vila Real e Vila Nova de Paiva. Também 23 juntas de freguesia aderiram à campanha “Autarquias sem Glifosfato”.
O Glifosfato é um pesticida, que foi classificado em 2015 pela Organização Mundial de Saúde como “carcinogéneo provável para o ser humano e carcinogéneo provado para animais de laboratório”, está disseminado por todo o País. Estudos da OMS indicam que contacto com o mesmo aumenta risco de cancro em 41%.
A Plataforma Transgénicos Fora promoveu uma análise da urina de portugueses para detectar a presença do pesticida, e detectou que todas as pessoas que em outubro fizeram análises à presença de Glifosfato estavam contaminadas. O facto mostra que o uso do pesticida ainda é muito forte no país, e preocupa Margarida Silva, diretora da plataforma, devido ao potencial de causar cancro da substância, conforme apontado pela OMS. A responsável considera que a contaminação é “crónica”, garantindo que “Portugal está acima da média dos 18 países da União Europeia, onde as amostrar contaminadas são 50%”.