Quase dois anos depois da sua primeira apresentação, a artista paivense Conceição Martins Correia volta a apresentar uma exposição de pintura no espaço do CICL – Centro de Interpretação da Cultura Local, na vila de Castelo de Paiva, numa apresentação denominada “ Pedaços de Mim “, que contempla mais de duas dezenas de trabalhos, que fazem parte da sua colecção de “óleo sobre tela “, que podem ser apreciados neste espaço privilegiado da urbe paivense, até ao dia 17 de Junho.
A cerimónia de inauguração da exposição, intitulada “ Pedaços de Mim “, decorreu no passado Domingo tendo marcado presença o presidente da edilidade, Gonçalo Rocha, para além do Vereador da Cultura, José Manuel Carvalho, da Vereadora Paula Melo, entre outras personalidade e muitos convidados, que fizeram questão de felicitar Maria da Conceição Correia por mais esta presença no CICL, desejando que a exposição seja um sucesso e que possa continuar a evidenciar o seu talento nesta arte que abraçou como autodidacta.
Entre os trabalhos apresentados, destaca-se uma serie de oito quadros associados à colecção “ Pedaços de Payva “, retratando o edifício da Casa da Cultura / Academia de Música, o Portal da Serrada, a Ponte de Melo sobre o Rio Paiva, o Portal da Boavista, Ponte Centenária de Pedorido, antigo edifício da Casa do Povo na Frutuária, Chafariz de Sobrado e Ilha do Castelo em Fornos.
A artista trabalhou como educadora de infância durante 27 anos, mas aposentou-se antes do tempo, em virtude do agravamento de um problema de saúde, sendo que, actualmente dá aulas de pintura, integradas nas lições de Artes Decorativas na Universidade Sénior de Castelo de Paiva, e refere que, “ acima de tudo, pinto por uma necessidade interior que não consigo acalmar…é assim que me sinto feliz… “.
Já na escola e no liceu revelava uma natural aptidão para o desenho e trabalhos manuais, mas o apelo criativo para se dedicar à pintura, surgiu mais recentemente, há precisamente uma dúzia de anos, utilizando nos seus trabalhos em óleo sobre tela, pincel, espátula pano e, tantas vezes, as próprias mãos.
Maria da Conceição Correia diz que não segue nenhuma corrente especifica, embora o impressionismo e a pintura abstracta marquem fortemente a sua obra, chegando mesmo a confessar alguma influência de Monet e refere que gosta particularmente do pintor Gérard Ritcher, no qual se inspira para a técnica da espátula utilizada em vários quadros que agora volta a apresentar nesta exposição no CICL.
Esta artista paivense, que se mostrou feliz por poder voltar a apresentar a sua obra na terra natal, sublinha que, quando pinta, não parte de uma ideia pré – definida, apenas que a obra vai surgindo de forma natural e intuitiva, compondo se a partir da conexão entre as cores, formas e texturas que a tela recebe.