O risco de sismo em Portugal é relevante e há uma certeza entre os especialistas da área: um grande terramoto é certo, só não se sabe quando vai ocorrer. Mas apesar deste dado, apenas 900 mil casas, no território nacional, têm seguro anti-sísmico.
Os números são avançados pelo Dinheiro Vivo que atesta que com “um grande terramoto uma parte significativa das cidades ruirá“. Num potencial cenário catastrófico, apenas 900 mil casas estariam protegidas com cobertura contra sismos.
Em Portugal, num universo de seis milhões de habitações, apenas 15% têm seguros contra sismos, de acordo com a mesma publicação que frisa que apenas metade delas têm apólices que cobrem fogo ou com segurança multirriscos.
Esta realidade levou a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) a apresentar ao Governo um projecto que visa tornar o seguro anti-sismo obrigatório. O presidente da APS, José Galamba de Oliveira, destaca que o objectivo é lutar para que esta ideia avance já durante a próxima legislatura.
“O país, nomeadamente as zonas de alto risco, não está preparado para a ocorrência de um sismo de grandes dimensões”, constata José Galamba de Oliveira no Dinheiro Vivo, frisando que “é urgente criar condições para, nesta eventualidade, conseguirmos dar uma resposta nacional”. “Não podemos continuar sempre a correr atrás prejuízo“, constata.
A ASP constata que “metade da riqueza das famílias está concentrada na habitação” e que, perante uma catástrofe, “a maioria não têm condições económicas para reparar as habitações”.
Por outro lado, dado que o volume de crédito à habitação constitui uma parte significativa dos empréstimos concedidos pelos Bancos, com as casas como garantia, um grande sismo teria também efeitos catastróficos para o sistema financeiro.
Fonte: ZAP