Os mais de 436 mil euros encontrados em 2021 num muro de pedra em Rio de Moinhos, Penafiel, ficam definitivamente para o Estado, segundo decisão confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça. O tribunal rejeitou a alegação de um emigrante que se dizia dono do dinheiro, que estava guardado em cofres, devido à ausência de provas suficientes.
Apesar de o homem ter apontado a presença de impressões digitais como evidência, os juízes concluíram que isso apenas provava contacto com as embalagens, sem comprovar a posse das quantias. No recurso ao Supremo, o emigrante reafirmou que o dinheiro era fruto do seu trabalho na Alemanha e Suíça, justificando que o guardava fora de bancos por desconfiança. Contudo, os juízes classificaram a narrativa como “irrealista” e “inverosímil”.
O Supremo confirmou ainda que, embora não tenha sido possível identificar os responsáveis por qualquer crime, os montantes têm origem num ato ilícito. Assim, o dinheiro passa a integrar os cofres do Estado.