O turismo em Portugal prepara-se para ir gradualmente abrindo a partir de maio, “com muita calma e segurança”, segundo anunciou Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) na ‘webconference’ lançada esta quarta-feira pelo “Jornal de Negócios” sobre o tema “Liderança à Prova” e destinada a perceber como organizações dos diferentes sectores estão a responder à pandemia do Covid-19.
Francisco Calheiros anunciou a retoma gradual do turismo a partir de maio, logo depois de as principais confederações a nível nacional terem reunido com o primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, sobre a forma como se poderá processar a retoma a uma possível ‘normalidade’.
Com uma gradual retoma do turismo a partir de maio, “se calhar em junho vai ser um bocadinho melhor, mas esta é uma crise como nunca vimos, e vai demorar a recuperar na totalidade”, adverte Francisco Calheiros, frisando que a prioridade em todo este processo é “acautelar que não haja uma segunda pandemia”.
Relativamente às perspetivas para o verão, o presidente da CTP avança que “na sua maioria, o verão está perdido”, por comparação ao que seriam os resultados habituais. Francisco Calheiros enfatiza que a aposta na primeira fase da retoma estará no turismo interno, lembrando ainda que os portugueses assumem aqui uma quota de 30%.
Francisco Calheiros destaca que Portugal, que já beneficiava da imagem de destino seguro, também deve promover-se como “um destino muito responsável do ponto de vista da higienização, e dar esta mensagem importante aos turistas: venham a Portugal, porque saberemos como atuar se houver um novo surto desta pandemia”.