A hotelaria vai reabrir de forma gradual. Os preços vão ser mantidos, independentemente de ocorrer uma quebra na procura.
Vários estabelecimentos turísticos já anunciaram a reabertura para o início do próximo mês, numa altura em que os portugueses estão a ser incentivados a faze férias cá dentro. A retoma, segundo o Negócios, será feita de forma gradual e o setor está focado em manter os preços, independentemente de ocorrer uma quebra da procura.
A exceção é o alojamento local, onde os preços deverão aumentar, avança o diário económico esta sexta-feira.
Nenhum dos hoteleiros contactados pelo matutino arrisca avançar números, mas, numa primeira fase, a ocupação será baixa, ficando abaixo da metade da capacidade. João Pinto Coelho, diretor comercial do grupo Onyria, explicou que, “uma vez que este será um ano atípico, em que dependeremos sobretudo do mercado interno, é muito arriscado fazer previsões, mas vai ser difícil chegar a uma ocupação de 50% no verão”.
No último trimestre, segundo antecipa o presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Raul Martins, a retoma de alguns eventos (ainda que de menor dimensão) e a prática de golfe, cuja época alta começa após o verão, poderão impulsionar o setor hoteleiro.
Contudo, apesar de a procura se antecipar baixa nos próximos meses, não será pelo preço que este setor irá procurar compensar esta quebra. “Os turistas não virão mais ou menos por causa do preço. Virão por razões de segurança. Em Portugal, a circunstância já é boa em comparação com os concorrentes. Não há razão para os hotéis baixarem os preços”, afirmou Raul Martins.
Em Portugal, os hotéis vão receber um “selo de garantia” se cumprirem todas as recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) e da Organização Mundial do Turismo (OMT).
Em meados de maio, mais de três mil empresas na área do turismo já tinham o selo “Clean&Safe“. De acordo com os dados do Turismo de Portugal, a maioria corresponde a empreendimentos turísticos, no Norte e na zona do Algarve.
Fonte: ZAP