Depois de ter arrancado o serviço partilhado de bicicletas elétricas na Europa a partir de Portugal, a Uber escolheu uma fábrica portuguesa para desenvolver e fabricar a segunda geração destas bicicletas, que pretende expandir pela Europa.
Este foi o resultado de reuniões entre representantes da empresa norte americana com o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, durante os encontros de Davos, na Suíça. Contactada pelo Público, fonte oficial da Uber limitou-se a confirmar que a empresa tinha celebrado “uma parceria com uma fábrica portuguesa” para concretizar a “expansão de bicicletas Jump na Europa”.
O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, disse que o Governo estava “muito satisfeito” com as notícias. “Isto significa que a nossa indústria está na linha da frente da inovação e que o nosso talento tem a capacidade para dar resposta às necessidades de empresas como a Uber, que está a expandir a presença das bicicletas Jump em toda a Europa, tendo começado por Lisboa”, afirmou.
Depois de ter comprado a empresa de bicicletas Jump , a Uber trouxe a mobilidade suave elétrica partilhada para Portugal no final do mês de fevereiro. Atualmente há 750 bicicletas a rodar em Lisboa e, entretanto, já arrancou um projeto-lei em Berlim.
Na apresentação do serviço, Ryan Rzepecki, responsável da Jump, dizia que a escolha de Lisboa para arrancar com o serviço era “óbvia”, porque a cidade era “uma referência na inovação e tecnologia”, que lhes serviria “de um ponto de entrada para a Europa”.
Vai agora entrar outra região de Portugal nesta equação. Trata-se da zona de Águeda, no centro do país, morada do cluster da Mobilidade Suave nacional, responsável por projetos como o Portugal Bike Value. Este projeto surgiu com o apoio do Compete2020 precisamente para demonstrar o potencial do território nacional para localização de indústrias, pela integração com centros tecnológicos, universidades e autoridades locais.
Em outubro de 2017, a Uber tinha já escolhido Portugal para instalar um novo Centro de Excelência, que previa a criação de 250 postos de trabalho diretos, e que presta apoio a utilizadores e motoristas das plataformas Uber e UberEats de diferentes países europeus e que opera em diferentes línguas. Este projeto já superou as previsões iniciais, quer em criação de postos de trabalho quer em âmbito da sua atividade.
Fonte: ZAP