O hábito de limpar as mãos com álcool gel, que se tornou frequente com o aparecimento do novo coronavírus, deve ser evitado na praia, aconselha uma dermatologista espanhola.
Em declarações ao jornal El Mundo, a dermatologista Marta Frieyro, do Hospital Quirónsalud Marbella, em Espanha, afirma que o uso de álcool gel na praia deve ser evitado porque pode provocar queimaduras.
A alta percentagem de álcool, combinada com a luz solar, pode originar queimaduras na pele, acrescentando que as pessoas devem ter especial cuidado com as peles mais sensíveis, como as das crianças.
Na opinião da especialista, a absorção rápida destes desinfetantes cria a falsa sensação de evaporação total na pele. No entanto, os seus componentes “mantêm-se na superfície durante muito tempo”, de modo a que a incidência da luz solar pode levar a “um escurecimento da pele na melhor das hipóteses, ou a uma queimadura, no pior dos casos”.
Como alternativa, a dermatologista aconselha as pessoas a lavarem as mãos com água e sabão, que é uma “medida de segurança para evitar o contágio do coronavírus que não representa risco para a saúde da nossa epiderme”, afirma ao jornal espanhol.
Além disso, o Serviço de Dermatologia do mesmo hospital alertou também para o maior risco de queimaduras durante a exposição solar, uma vez que as pessoas estiveram, nos últimos meses, confinadas nas suas casas.
Por isso, ainda mais nesta altura, os dermatologistas recomendam às pessoas que evitem a exposição solar direta nas horas de maior calor, que usem protetor solar com fator de proteção solar (FPS) entre 30 a 50, devendo-o colocar a cada duas horas.