A autópsia ao corpo de Valentina foi muito clara e revelou que a menina foi vítima de agressões muito violentas, reveladas pelas lesões na cabeça e indícios de asfixia.
Foi esclarecido ainda que as agressões que começaram na casa de banho por volta das 9 horas de quarta-feira, 6 de maio mas Valentina só morreu pelas 22h00. Valentina terá estado 13 horas em agonia, conforme avança o jornal “Correio da Manhã”.
Sandro Bernardo terá confessado à polícia que a morte da filha foi um acidente numa discussão. A situação ficou fora do controle, e de acordo com o pai, a filha sofreu um ataque com convulsões. Essas foram agora confirmadas nos resultados preliminares de Medicina Legal, mas resultaram do espancamento e não de um ataque de epilepsia como o pai tinha relatado inicialmente.
Sandro Bernado, um dos suspeitos da morte da criança, diz que a filha ainda estava viva quando saiu da casa de banho e que nunca pensou que fosse muito grave. Terão sido os irmãos, as meias-irmãs de um ano e meio e quatro anos e o filho de Márcia com 12, a ouvir os gritos de Valentina.A menina terá sido depois embrulhada numa manta, deitada num sofá e ali ficou durante todo o dia. Para as outras crianças não estranharem, o pai e a madrasta terão dito que Valentina estava com dores de barriga, razão pela qual estava tão sossegada. A família ainda chegou a almoçar e jantar já com a criança praticamente inanimada, que sofreu sozinha durante as cerca de 13 horas seguidas.
As convulsões chegaram mesmo a acontecer, tal como revelado pelos irmãos da criança, que viram Valentina a espumar pela boca e a morrer ao seu lado. À noite, o casal ainda saiu para, de acordo com Sandro, comprar leite para a filha mais nova e, quando chegaram, Valentina estava morta, avança o “CM”.Foi então que colocaram a menina no carro e levaram-na para o mato. A investigação, a cargo da PJ de Leiria, revela ainda que o casal terá usado um casaco para convencer as autoridades de que a menina tinha fugido. Ainda que Márcia, a madrasta, alegadamente não tivesse participado na agressão, o Ministério Público entende que é coautora do homicídio, de acordo com o “CM”.
Fonte: MAGG
Portal SAPO
Correio da Manhã