A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, deslocou-se a 29 de novembro ao concelho de Vouzela, a fim de presidir ao lançamento da primeira pedra do centro de desenvolvimento de tecnologia energética.
Segundo a governante este projeto-piloto vai abrir a possibilidade de “vir a ter o concelho de Vouzela alimentado, exclusivamente a energia limpa, com base numa fonte sustentável” e, acrescenta ainda que este tipo de iniciativa assume vantagem, por ser “ideal para territórios de baixa densidade”.
A edificação resulta de iniciativa empresarial e está a ser acompanhada pela Direção-Geral de Energia e Geologia e pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto. Os primeiros resultados deste projeto deverão ser conhecidos nos próximos dois anos, sendo que foi assumido um compromisso, por parte dos empresários, em ceder parte da energia produzida, a entidades locais.
Rui Ladeira, presidente da Câmara de Vouzela, salienta o “interesse de inscrever Vouzela no mapa das energias renováveis, especificamente em projetos inovadores e, num tema tão atual como o da transição energética.”
Neste sentido, este é um projeto que se encontra alinhado com aquela que tem sido a estratégia de desenvolvimento do Município, quer ao nível económico, quer de preservação ambiental e de recursos naturais, na qual têm participado diversas entidades. O envolvimento da comunidade em torno da sustentabilidade tem sido reforçado, através de diversas iniciativas, como a certificação empresarial, criação de projetos de preservação do património material e imaterial, bem como workshops.
Inauguração de alojamento local
A visita da ministra incluiu ainda a inauguração de um alojamento local, Isatour – Natural Park House, em Adsamo (freguesia de Ventosa, Vouzela). O espaço, dedicado ao ecoturismo, tem um piso desenhado com o intuito de promover a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida ou condicionada. Inteiramente integrado no território este é também um projeto turístico de inclusão, sustentabilidade e mais-valia ambiental, que “vai permitir ajudar a revitalizar uma aldeia, que foi perdendo gente e atividade nos últimos anos” segundo Rui Ladeira.