Mário Cruz / Lusa
Mais de 150 personalidades portuguesas remeteram uma carta ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro, António Costa, e ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a pedir uma retoma “gradual” da atividade económica, mas com a adoção de novas medidas de contenção.
Na carta, à qual o jornal ECO teve acesso, os 159 subscritores começam por identificar-se como “portugueses profundamente preocupados com o futuro do país” e referem que “os tempos são extremamente exigentes e merecem de todos uma resposta célere e à altura dos acontecimentos”.
Em declarações ao Observador, um dos organizadores da iniciativa explicou que a ideia é reforçar a necessidade de retomar o motor da economia. “Uma segunda vaga seria ainda muito mais difícil a todos os níveis, sobretudo a nível da confiança dos agentes”, disse o economista Pedro Santa Clara.
Os autores, que vão desde empresários, políticos a profissionais de saúde, pedem que “o estado de emergência venha a ser levantado gradualmente com a mitigação da epidemia”.
Esta abordagem “liberta a economia e permite que a atividade volte à normalidade possível dentro do quadro que vivemos”. Além disso, possibilitará “um regresso à atividade normal do SNS para outras patologias não covid-19”.
A carta defende novas medidas de contenção, como o uso obrigatório de máscaras por toda a população, testes de todos os casos suspeitos num prazo máximo de 24 horas, a notificação de cada cidadão em risco através de SMS ou a disponibilização de solução de base alcoólica em locais públicos.
Entre os subscritores estão nomes como Miguel Pinto Luz, Pedro Santa Clara, Jaime C. Branco, António Saraiva, Carlos Silva, Luis Palha, Manuel Rodrigues, Álvaro Covões, Ana Paula Martins, Mário Vaz, Miguel Almeida, Miguel Gameiro, Pedro Proença, Vítor Sobral, Ricardo Mexia, Martins da Cruz,, entre outros empresários, médicos, enfermeiros, advogados, políticos ou professores.
Fonte: ZAP