Amarante vai começar a investir este ano 3,5 milhões de euros na recuperação de 18 quilómetros das margens do Tâmega e na prevenção das cheias, disse hoje à Lusa o presidente da Câmara.
José Luís Gaspar explicou que se trata de uma intervenção de grande envergadura, já com financiamento europeu assegurado, no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos.
“O rio Tâmega irá ganhar uma nova dimensão em Amarante”, comentou, destacando a importância estratégica da intervenção.
As empreitadas, prosseguiu o autarca, permitirão à cidade acentuar a sua ligação ao Tâmega, salvaguardando medidas de prevenção para as cheias, uma matéria que preocupa sempre quem vive na área urbana.
A intervenção prevê a construção de muros e pontões, a recuperação de açudes e a criação de novas zonas potencialmente inundáveis, conhecidas como espaços de inundação preferencial, a montante da cidade.
Essas áreas, explicou Gaspar, permitirão controlar em melhores condições a ocorrência de cheias no núcleo urbano. Nesse contexto, vão também ser feitas valas de drenagem ecológicas ao longo de todo o percurso, permitindo uma maior capacidade de absorção.
“São medidas que nos permitirão ter outra capacidade de resposta que até agora não tínhamos”, sinalizou o presidente da câmara, antes de referir que Amarante passará, após as obras, a poder integrar o Plano de Gestão de Risco de Inundações (PGRI), um mecanismo que permitirá, nomeadamente, o acesso a fundos europeus para continuar a intervir no rio.
Os trabalhos, na sua primeira fase, vão incidir em 11 quilómetros de rio, nas duas margens, perfazendo 18 quilómetros de intervenção. Está acautelada a recuperação de quatro antigos trilhos pedestres, o que aproximará as pessoas do rio. O plano de ação aponta ainda para a plantação de milhares de árvores de espécies autóctones, destacando-se o amieiro, e medidas de combate à infestação, entre outras.
Esta fase, disse o presidente, é essencial para se avançar para as seguintes, sempre com o propósito de potenciar a relação equilibrada entre o rio e as pessoas.
José Luís Gaspar agradeceu também o empenho do ministro do Ambiente neste dossier.