O Governo está a preparar uma “bomba” no mercado de arrendamento acessível. No entanto, pode demorar até 18 meses a surtir o efeito desejado.
O Governo prepara-se para aprovar os moldes em que será feita a bolsa de imobiliário público para arrendamento acessível. O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) vai tutelar centenas de prédios e terrenos, naquela que é considerada uma “bomba” do Governo no mercado de arrendamento.
No entanto, o Governo vai demorar mais de um ano a detonar esta “bomba”. Entre concursos públicos e projetos, a sua implementação pode demorar cerca de 18 meses a surtir efeito, escreve o Expresso.
O semanário avança que o Governo já apresentou um anteprojeto de lei que nas próximas semanas deve ser aprovado em Conselho de Ministros. A lista de imóveis engloba mais de 200 edifícios, entre eles antigas casas de magistrados, um palácio, escolas e frações, e mais de 30 terrenos.
Os imóveis serão recuperados e colocados no mercado, ficando o rendimento que dali resulte para as entidades proprietárias. Com isto, o Governo prevê um gasto de 2,376 mil milhões de euros. O investimento será dividido entre o IHRU (80%) e as câmaras municipais que estejam interessadas em fazer as obras (20%).
Segundo o Expresso, inventário e a bolsa estarão fechados no prazo de cerca de dez meses. Depois disso serão lançados os concursos para projetos e obras. Feitas as contas, os prazos podem-se estender até aos 18 meses.
A intenção é alcançar a meta dos 10% de habitação pública até ao final da legislatura e erradicar, até 2024, as carências habitacionais de 26 mil famílias.
Fonte: ZAP