Teve início hoje, 14 de julho, a 4ª edição da Bienal da Cultura de Castelo de Paiva, que se prolonga até 18 de julho, no Largo do Conde. Este ano, o evento presta homenagem ao universo feminino, contando com a presença da Secretária de Estado da Cultura, Alberto Santos, na abertura. A programação multidisciplinar cruza literatura, música, performance, artes visuais e humor, destacando nomes como Amália Hoje, Fátima Lopes, Luís Osório, Luísa Sobral e Miguel Esteves Cardoso.
Organizada pela Câmara Municipal de Castelo de Paiva, a Bienal da Cultura afirma-se como um espaço de celebração do feminino e da pluralidade cultural. Nas palavras do Presidente da Câmara, José Rocha, “dedicamos esta edição às mulheres, às mulheres de ontem e de hoje, às que marcaram e continuam a marcar a nossa vida, a nossa cultura e a nossa sociedade”. Inspirada numa frase de Maya Angelou, “Sou uma mulher fenomenal”, a iniciativa promove a visibilidade e valorização do talento feminino, utilizando a arte e a criatividade como motores de transformação social. O evento fomenta, ainda, um diálogo intergeracional, com uma programação diversificada, inclusiva e de entrada livre.
A abertura contou com as Estátuas Vivas de Carlos Ferreira, artista local, e a inauguração da exposição “Houve um tempo em que o tempo ainda não existia”, inspirada em “A Sibila” de Agustina Bessa-Luís, com obras de nove artistas visuais. Miguel Esteves Cardoso foi o convidado da noite, participando numa conversa sobre a sua escrita intimista, seguida do Baile dos Candeeiros, uma produção da companhia de teatro Radar 360º.
Nos dias seguintes, o programa inclui atividades para todas as idades, como o espetáculo infantil “O Monstro Peludo”, uma entrevista com Luísa Sobral sobre o seu primeiro romance, uma conversa-concerto com Mafalda Veiga, que abordará a sua relação com a música e a literatura, e o humor de Ana Arrebentinha com o espetáculo de stand-up comedy “Não estavas capaz não vinhas”. A poesia estará presente com Filipa Leal e um recital de André Gago dedicado aos poetas de Amália. Luís Osório partilhará as suas memórias literárias, enquanto Fátima Lopes encerrará o ciclo de conversas com o seu livro “O Amor Mora no Andar de Cima”. O concerto de encerramento será protagonizado pelo projeto Amália Hoje, que reinventa o fado em linguagem pop contemporânea.
Nos dias 16 e 17 de julho, pelas 18h30, as Conversas no Feminino darão voz a mulheres da sociedade Paivense, que partilharão os seus testemunhos de vida. Durante todo o evento, a designer e ilustradora Bárbara R. pintará, ao vivo, um mural dedicado às Mulheres de Castelo de Paiva, deixando uma memória visual permanente deste encontro entre arte, comunidade e igualdade.
Todas as iniciativas são de entrada livre, sujeitas à lotação do espaço. A programação completa pode ser consultada no site oficial e nas redes sociais do Município de Castelo de Paiva.
