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Home Ciência

Afinal, o fruto proibido de Adão e Eva não foi uma maçã

RedaçãoPorRedação
30 de Maio de 2019
Reading Time: 4 mins read
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Afinal, o fruto proibido de Adão e Eva não foi uma maçã
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Se hoje temos esse alimento em fartura nos supermercados e feiras, é graças à Rota da Seda – caminhos de mercadores na antiguidade, comprando e vendendo produtos de um ponto a outro, entre o extremo leste da Ásia e a Europa. Esse comércio, o primeiro movimento de globalização da humanidade, foi iniciado há cerca de 4,5 mil anos – e teve os seus mais intensos momentos a partir do século 3 a.C.

De acordo com um estudo desenvolvido pelo Instituto Max Planck, da Alemanha, e publicado esta segunda-feira pela revista especializada Frontiers in Plant Science, foi nesse período que a maçã deixou de ser uma fruta pequena, selvagem e pouco atraente para, por meio de processos de enxertos e seleção das árvores cujos frutos eram mais graúdos e apetitosos, se transformarem numa das frutas mais populares do mundo.

Assinado pelo diretor do Laboratório de Paleoetnobotânica do instituto alemão, Robert Spengler, o estudo baseia-se em investigações arqueológicas recentes de sementes de maçã antigas preservadas na Europa e na Ásia Ocidental e na combinação dessas informações com dados genéticos da fruta.

O cientista confirmou que a maçã, na sua versão selvagem, era um fruto pequeno e pouco atraente. A sua seleção e transformação num alimento popular deve-se a dois fatores: a megafauna europeia que floresceu depois da última Era do Gelo, há 20 mil anos, e o trabalho dos mercadores da Rota da Seda.

Spengler partiu das ciências humanas, de acordo com a BBC. Encontrou descrições de grandes frutos vermelhos na arte clássica, acreditando que as maçãs já eram recolhidas pelo homem desde há dez mil anos no sul da Europa. Sementes antigas em sítios arqueológicos corroboram a tese.

Mas a maçã moderna seria um híbrido de pelo menos quatro espécies silvestres. Aí veio o papel da Rota da Seda. Em busca de frutos que fossem mais atraentes ao mercado, agricultores da época começaram a selecionar as árvores que produziam maçãs mais apetitosas e a realizar enxertos. Esses cruzamentos foram resultando em frutos mais semelhantes aos de hoje.

De acordo com o cientistas, a origem genética da maçã moderna está nas montanhas Tien Shan, na fronteira entre Cazaquistão, Quirguistão e China. A natureza também fazia a sua parte. No período entre o fim da Era do Gelo e o início da Era Cristã, Europa e Ásia estavam muito mais cheias de animais selvagens de grande porte – parte deles depois extinta. Cavalos selvagens, cervos e outros animais em bandos livremente.

As artimanhas evolutivas têm uma verdade simples: frutos pequenos “querem” atrair aves – que os comem e acabam por espalhar as sementes. Frutos grandes não podem ser carregados por aves. Evoluíram para ser apetitosos para animais grandes. Foram esses  que se deliciaram e ajudaram a espalhar as maçãs.

Entretanto, ao contrário das aves, os mamíferos não levam as sementes para longe. É por isso que, conforme concluiu o investigador, geneticamente as maçãs selvagens são diferentes em diversas zonas consideradas “de refúgio glacial” desde a Era do Gelo. Não se espalharam muito, evoluíram a seu modo em variedades.

Essas “ilhas” de maçãs foram rompidas com a ação humana, de modo especial ao longo da Rota da Seda. As árvores passaram a ter contacto umas com as outras. Abelhas e outros polinizadores encarregaram-se de fazer sua parte. A descendência híbrida resultante originou frutos maiores, o que despertou a atenção dos humanos – que acabaram por dar uma mãozinha, replantando mudas das árvores mais favorecidas e realizando enxertos.

Spengler ressalta que esse processo foi muito mais rápido do que ocorreria em condições naturais. “O processo de hibridização não é o mesmo para todas as plantas. Ainda não sabemos muito sobre como ocorre em árvores de longa duração”, comenta o cientista. “Há centenas de plantas domesticadas no planeta”. A maçã é resultado da megafauna pós-Era do Gelo e dos mercadores da Antiguidade, portanto.

O fruto proibido

No relato bíblico da criação o mundo, no livro do Génesis, Eva desobedece à ordem de não comer o fruto da frondosa árvore do paraíso. Experimenta, gosta e acaba por oferecê-la a Adão. A fruta acabou por ser descrita como uma maçã. É assim que aparece em pinturas e configurou-se no imaginário humano.

O relato original, contudo, não menciona nome algum. Diz que era o “fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal”. A ideia de considerar esse fruto uma maçã veio aos poucos, muito provavelmente por obra dos antigos tradutores da Bíblia. Ao versarem o texto do grego antigo para o latim, utilizaram a palavra “pomum”, que acabaria por ser maçã, nas línguas modernas – mas poderia ser qualquer fruto com formato semelhante, como um figo ou uma pêra.

Uma outra versão também corrente entre investigadores é a de que a fruta acabou por ser chamada de maçã por causa de uma confusão entre as palavras malus – do latim, significando mal – com malum – do grego antigo, que significava maçã.

Facto é que a fruta tornou-se símbolo de pecado e tentação. Mas também de conhecimento. A historiadora Janik afirma que a maçã traz, nas diversas culturas, significados de amor, imortalidade, dom e amizade.

No livro apócrifo de Enoque, a árvore do Éden é descrita como “uma espécie de tamarineira, produzindo frutos que se assemelhavam a uvas”. O antigo texto diz que a “fragrância” podia ser sentida a uma distância considerável.

Tags: BotânicaciênciaCiência & SaúdeDestaqueReligião
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