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Home Ciência

Os genes indicam que há 7 mil anos, a maioria dos homens morreu

Redação Por Redação
14 de Junho de 2018
Reading Time: 4 mins read
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Os genes indicam que há 7 mil anos, a maioria dos homens morreu
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Os genes dos homens modernos indicam que algo peculiar aconteceu há 5.000 ou 7.000 anos: a maioria da população masculina na Ásia, Europa e África parece ter morrido, deixando apenas um homem para cada 17 mulheres.

Este “gargalo” populacional foi apresentado pela primeira vez em 2015 e, desde então, vários investigadores tentam descobrir o que poderá tê-lo causado. Uma das hipóteses afirmava que a queda da população masculina ocorreu devido a fatores ecológicos ou climáticos, que afetavam particularmente a descendência masculina.

Uma outra teoria sugeriu que a população estava a morrer naturalmente porque existiam homens com maior poder na sociedade e, por isso, reproduziam-se mais.

Agora, um novo estudo publicado na revista Nature Communications no passado dia 25 de Maio, dá outra explicação: as pessoas que vivem em clãs patrilineares – constituídos apenas por homens da mesma descendência – podem ter lutado entre si, acabando com todas as linhagens masculinas de uma só vez.

A proporção de 17 mulheres para cada homem “pareceu-nos muito extrema e deve haver outra explicação”, disse o autor principal do estudo, Marcus Feldman, geneticista populacional da Universidade de Stanford, na Califórnia.

De acordo com a nova explicação, a população masculina não caiu drasticamente. O que aconteceu foi que a diversidade do cromossoma Y diminuiu devido à forma como as pessoas viviam e lutavam na altura. Na verdade, não existiam menos homens, apenas havia menor diversidade genética entre os elementos do sexo masculino.

Os humanos têm 23 pares de cromossomas que carregam a maioria dos nossos genes. Destes, o 23º par é o responsável por determinar o nosso sexo: enquanto as mulheres têm dois cromossomas X, os homens têm um cromossoma X e um Y.

Como os descendentes herdam um cromossoma de cada progenitor, os genes são normalmente misturados, aumentando assim a diversidade entre as espécies. No entanto, o cromossoma Y, não tendo nenhuma outra “contraparte” feminina, acaba por não ser misturado.

Ou seja, o gene fica praticamente o mesmo quando é transmitido de avô para pai e de pai para filho – exceto nos casos onde ocorrem mutações genéticas, que explicam por que motivo o cromossoma Y difere entre os homens).

Guerra pode ter causado o gargalo do cromossoma Y

Para comprovar a sua teoria, os cientistas conduziram 18 simulações nas quais criaram diferentes cenários para justificar o gargalo, fatores como mutações no cromossoma Y, competição entre grupos e a morte.

As simulações demonstraram que a guerra entre clãs patrilineares pode ter causado o “gargalo do cromossoma Y”, porque os membros de cada clã teriam cromossomas Y muito semelhantes entre si. Ou seja, se um clã matasse o outro, reduziria também as hipóteses do cromossoma Y da família passar para a descendência.

No entanto, nas simulações dos investigadores nas quais não existiam clãs patrilineares o gargalo não se deu. Além do mais, o mesmo gargalo não incidia nas mulheres da época, como é demonstrado pelo ADN mitocondrial – um tipo de ADN que apenas é transmitido da mãe para o filho.

“Neste mesmo grupo, as mulheres poderiam ter vindo de qualquer lugar“, disse Feldman à Live Science. “As mulheres poderiam ter chegado ao grupo a partir das vitórias que clã alcançava sobre os outros grupos, ou poderiam também ter sido mulheres que já viviam naquela área.”

Por exemplo, se olharmos para a colonização ao longo da história, normalmente os grupos tendem a “matar todos os homens e manter as mulheres para si mesmos”, notou.

Monika Karmin, geneticista populacional da Universidade de Tartu, na Estónia, que não participou novo estudo, disse que a “beleza de seu estudo” está na forma como os pesquisadores estruturaram a sua hipótese e demonstraram que “os clãs de combate são realmente uma causa provável” para a queda drástica da diversidade genética masculina.

“No entanto, temos que ter em mente que há muito pouca informação sobre a organização social daquele tempo”, disse Karmin, a principal autora do estudo de 2015 que propôs o gargalo pela primeira vez. Ou seja, poderiam haver outras forças “socioculturais” em jogo, acrescentou.

Os investigadores realizaram “cuidadosas simulações computorizadas, enquanto que os estudos anteriores não o fizeram”, disse Chris Tyler-Smith, um outro geneticista evolucionário do Instituto Sanger, no Reino Unido, que não esteve envolvido no estudo.

“A hipótese de que a causa do gargalo foi uma guerra é razoável“, especialmente se considerarmos o período de tempo, reiterou.

Há 5.000 ou 7.000 anos, as pessoas ainda viviam em pequenos clãs e produziam agricultura em pequena escala, um pouco antes dos grupos começarem a mudar-se para sociedades maiores e construirem grandes cidades. Esta foi uma grande “transição entre o início da atividade agrícola, onde se usavam ferramentas de pedra, para a agricultura em sociedades que já usavam ferramentas de metal”, disse Tyler-Smith.

Mas depois deste gargalo “vemos o começo das organizações sociais e a mudança das sociedades de pequena escala para cidades e organizações de pessoas que não estavam interessadas em manter a linhagem do cromossoma Y”, disse Feldman acrescentando que, durante este período, a população masculina foi recuperada.

Por norma, os pesquisadores concentram-se nos comportamentos que podem ter uma base genética e não no comportamento que influencia os genes, considerou Feldman. Esta nova descoberta é “um exemplo do que uma preferência cultural pode fazer para mudar o nível de variação genética“.

Tags: ciênciaCiência & SaúdeDestaqueGenética
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