O Sol já viveu quase metade da sua vida, tendo uma expectativa total de aproximadamente 10 mil milhões de anos.
Isto significa que o Sol vai brilhar por cerca de mais 4,5 mil milhões de anos, detalhou Vladimir Kuznetsov, diretor do Instituto de Magnetismo Terrestre, Ionosfera e Propagação de Ondas de Rádio Pushkov.
Segundo o cientista, o Sol está agora na sequência principal de evolução das estrelas, o período em que no seu núcleo acontecem reações termonucleares, que gera a energia solar. A maior parte da vida de uma estrela – cerca de 90% – cabe exatamente na sequência principal.
“A expetativa de vida estimada do Sol é de 10 mil milhões de anos. O Sol já existe há cerca de 4,5 mil milhões e vai viver por um período aproximadamente igual“, afirmou Kuznetsov à Sputnik News.
Quando todo o hidrogénio do Sol for queimado, o hélio também começará a desaparecer, bem como os elementos químicos mais pesados. Como resultado disso, daqui a cerca de cinco milhões de anos, o balanço de forças no núcleo do Sol mudará e o astro expandir-se-á até à órbita de Vénus, transformando-se num gigante vermelho.
De seguida, engolirá os planetas sólidos – Mercúrio, Vénus, Terra e Marte -, queimará a Terra e começará a esfriar. Depois disso, a estrela vai transformar-se numa anã branca morta com um raio de apenas 10 quilómetros e uma densidade enorme, maior do que a do metal. Em torno dessa anã vão girar os destroços dos planetas Marte, Júpiter e Saturno, explicou o cientista.
Hoje em dia, a densidade de matéria no núcleo do Sol é de aproximadamente 150 gramas por centímetro cúbico, ou seja, 150 vezes maior do que a densidade da água e cerca de 6,6 vezes maior do que a densidade do ósmio – metal mais denso na Terra.