A prática regular de exercício físico é um dos pilares fundamentais para a saúde cardiovascular. Manter-se ativo não só fortalece o coração, como também melhora diversos fatores de risco, incluindo colesterol elevado, diabetes, hipertensão e obesidade.
Os riscos do sedentarismo
De acordo com o cardiologista Dr. Rafael Marchetti, a inatividade física está diretamente associada ao aumento das doenças cardiovasculares e, consequentemente, da mortalidade.
“A aptidão cardiorrespiratória é um dos melhores indicadores da saúde do coração. Avaliar o VO2 máximo, que mede a capacidade do organismo em utilizar oxigénio durante o exercício, é tão importante quanto monitorizar a pressão arterial ou a frequência cardíaca”, explica o especialista.
Estudos indicam que o sedentarismo contribui para cerca de 5,3 milhões de mortes por ano, levando alguns especialistas a classificá-lo como uma verdadeira “pandemia”. O Dr. Rafael Marchetti reforça que pequenas mudanças de hábitos podem fazer toda a diferença.
“Começar com caminhadas diárias e atividades aeróbicas leves já melhora a circulação e reduz o risco de problemas cardíacos. O mais importante é criar uma rotina e manter a regularidade”, destaca.
Como o exercício protege o coração?
Um estudo recente publicado na revista Sports Medicine Open revelou que pessoas que praticam desporto desde a infância obtêm benefícios cardiovasculares permanentes, incluindo uma melhor modulação autonómica do coração.
A prática de atividade física ajuda a controlar os principais fatores de risco para a saúde cardiovascular, como a hipertensão e a diabetes. Além disso, melhora a função dos vasos sanguíneos, reduzindo o risco de entupimentos arteriais e enfartes.
“O exercício melhora a sensibilidade à insulina, regula os níveis de colesterol e reduz o stress – fatores fundamentais para proteger o coração a longo prazo”, explica o Dr. Rafael.
Como incluir o exercício na rotina?
A recomendação geral para adultos é a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, o que pode incluir caminhadas rápidas, natação ou ciclismo.
“O ideal é encontrar um tipo de exercício que se adapte à rotina e que seja prazeroso. No entanto, para quem é sedentário, pode não ser fácil dar o primeiro passo. Pequenos gestos já fazem a diferença, como caminhar 10 minutos por dia ou passar mais tempo de pé no trabalho. O importante é começar e, com o tempo, procurar atingir os 150 minutos semanais”, orienta o especialista.
Além disso, o Dr. Rafael ressalta a importância da avaliação médica antes de iniciar exercícios de intensidade moderada a elevada, mas reforça que isso não deve ser um obstáculo para começar com atividades leves no quotidiano.