O ex-funcionário da Refer Manuel Guiomar apresentou-se na prisão de Évora para cumprir pena no âmbito do processo Face Oculta, mas foi embora em liberdade porque não cumpre os requisitos para ficar no estabelecimento que é reservado a políticos e elementos das forças de segurança.
Manuel Guiomar esteve apenas alguns minutos no Estabelecimento Prisional de Évora, como reporta a TSF, frisando que “foi mandando embora em liberdade” porque “não se inscreve nos requisitos necessários para ser detido nesta cadeia”.
A prisão de Évora destina-se a acolher apenas políticos e elementos de forças de segurança e será aí que o ex-ministro Armando Vara cumprirá a sua pena de cadeia, também no âmbito do Face Oculta.
Foi igualmente em Évora que o ex-primeiro-ministro José Sócrates esteve em prisão preventiva, no âmbito do processo Operação Marquês.
A advogada de Manuel Guiomar, Poliana Ribeiro, explica na TSF que o seu cliente pretendia cumprir a pena a que foi condenado em Évora “não só pelo tipo de processo que se trata, mas também pelo facto de o senhor ter familiares” na zona.
O ex-funcionário da Refer espera, agora, ter vaga para cumprir a sua condenação em Castelo Branco. Manuel Guiomar foi condenado a 6 anos e meio de prisão por um crime de corrupção e quatro crimes de burla.
Armando Vara deve apresentar-se na prisão de Évora nas próximas horas, cumprindo o prazo de três dias que lhe foi dado pela juíza do Tribunal Judicial de Aveiro, Marta de Carvalho, a titular do processo Face Oculta.
O ex-ministro e ex-dirigente da Caixa Geral de Depósitos e do BCP vai apresentar-se nesta quinta-feira, como avançam a CMTV, a SIC e a TVI, para cumprir a pena de cinco anos de prisão a que foi condenado por três crimes de tráfico de influências.
Vara vai, assim, tornar-se no único preso nas cadeias portuguesas por este tipo de crimes, conforme dados enviados ao Público pela Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
No âmbito do Face Oculta, foi ainda condenado a 5 anos e nove meses de prisão o ex-funcionário da Petrogal João Manuel Tavares, e o ex-funcionário da Lisnave Manuel Gomes que, depois da prescrição de um dos crimes por que foi condenado, aguarda que seja contabilizado o novo cúmulo jurídico da pena para saber quantos anos de cadeia tem pela frente.
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Fonte: ZAP