Um proprietário de uma BMW X5 de 2014, que prefere manter o anonimato, está a manifestar a sua insatisfação com o atendimento da marca alemã. Segundo ele, a BMW tem negligenciado os clientes com veículos mais antigos, deixando-os sem o apoio adequado e necessário.
O dono do veículo relata que mantém a sua BMW X5 devido à sua capacidade de sete lugares, uma característica que se tornou rara nas versões mais recentes deste modelo. “É um carro que passou por todas as revisões e encontra-se em excelente estado”, afirmou. “Aprecio as marcas alemãs pela durabilidade anunciada, e não tenho vaidade em relação aos carros; apenas quero algo que atenda às necessidades da minha família numerosa.”
Contudo, o proprietário tem enfrentado dificuldades ao tentar marcar a revisão do seu carro. A concessionária BMW mais próxima da sua residência em Castelo de Paiva está situada a uma distância considerável. “Quando finalmente consegui agendar, disseram-me que não disponibilizam carro de substituição e não garantem a revisão no mesmo dia”, lamentou. A sua localização remota torna inviável deixar o carro e regressar a casa utilizando transporte público.
Num esforço para resolver a situação, o proprietário recorreu à DECO Proteste, a principal organização de defesa do consumidor em Portugal. Infelizmente, o seu apelo não teve o desfecho esperado. “Uso a DECO Proteste com frequência, pois em Portugal o consumidor raramente tem razão, mas eles nunca resolvem nada. A BMW, por sua vez, nunca respondeu ao chamado, que acabou por ser eliminado por falta de interação. Nem sequer respondem aos e-mails”, desabafou.
Este caso ilustra um problema maior enfrentado por muitos proprietários de veículos mais antigos, que se sentem negligenciados pelas marcas que privilegiam os clientes com modelos mais recentes. A falta de resposta e de soluções práticas para problemas de assistência técnica e manutenção continua a ser um desafio significativo, especialmente para aqueles que vivem fora das grandes áreas metropolitanas.
O proprietário da BMW X5 espera que, ao tornar pública a sua situação, a marca e as organizações de defesa do consumidor se sensibilizem e passem a oferecer um serviço mais justo e inclusivo para todos os seus clientes, independentemente da antiguidade dos seus veículos.