O maior banco dinamarquês terá participado num esquema de branqueamento de capitais com origem na Rússia. Um relatório independente revela que a unidade na Estónia do Danske Bank recebeu 30 mil milhões de dinheiro russo em apenas um ano.
Depois de ter sido acusado pelas autoridades de não ter implementado medidas de combate ao branqueamento de capitais relativamente às operações na Estónio, o Danske Bank vê-se agora envolvido num novo escândalo.
Uma investigação independente revelou que entraram 30 mil milhões de dólares, cerca de 26 mil milhões de euros, de dinheiro russo nesta unidade em apenas um ano.
Estas conclusões estão inseridas num relatório pedido pelo próprio Danske Bank à consultora Promontory Financial e levantam muitas dúvidas na administração, nomeadamente sobre quem sabia do grande volume de dinheiro estrangeiro que estava a ser transferido para a unidade na Estónia, como avança o Financial Times.
“O volume das transações no portefólio de não residentes alcançou um máximo em 2013, com o número de operações a aproximar-se dos 80 mil nesse ano. E o volume perto dos 30 mil milhões de dólares”, consta no relatório. No entanto, refere o Jornal de Negócios, resta ainda saber que parcela destes 30 mil milhões corresponde a operações de lavagem de dinheiro.
Ole Andersen, chairman do Danske Bank, adianta que o assunto está a ser levado “muito a sério, pelo que já foram iniciadas investigações. “Estamos empenhados em conhecer toda a história e acredito que é do interesse de todos que se conclusões sejam tiradas com base em factos comprovados e não em peças de informação fragmentadas e retiradas de contexto.”
Recentemente, as autoridades dinamarquesas acusaram o banco de não ter implementado medidas de combate ao branqueamento de capitais relativamente às operações na Estónia. Embora as investigações ainda não estejam concluídas, a verdade é que o esquema tomou proporções maiores do que se pensava.
Fonte: ZAP