Segundo um comunicado da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), “esta decisão fica a dever-se ao facto de algumas escolas estarem a convocar os professores para atividades e reuniões a realizar em dias que deverão ser de descanso também dos docentes, o que é absolutamente indispensável nesta fase do ano letivo”.
“Só a não consideração da importância dos momentos de interrupção da atividade docente, designadamente no Natal e na Páscoa, como imprescindíveis para atenuar o desgaste provocado pelo exercício continuado da profissão, em constante adaptação aos grupos de alunos, pode justificar esta atitude de algumas direções de escolas”, afirma a Fenprof.
“Uma situação a que não é alheio o exemplo que vem do Ministério da Educação, cujos responsáveis nada fazem para pôr fim aos abusos e às ilegalidades que continuam a afetar os horários dos docentes”, criticou ainda, em comunicado.
Os professores estão há meses em greve ao trabalho extraordinário, ou seja, todas as reuniões marcadas pelas escolas fora do seu horário semanal de 35 horas, o que os sindicatos defendem ser um desrespeito pela lei.
A Fenprof atribui a responsabilidade da greve ao trabalho extraordinário ao Ministério da Educação, “que recusa resolver este problema, não respondendo, sequer, aos pedidos de reunião que, também sobre esta questão, foram apresentados”.
A federação referiu ainda no comunicado que depois de 22 de abril, e até 3 de maio, a greve volta aos moldes em que decorreu até agora, ou seja, com pré-avisos semelhantes aos anteriores, prevendo apenas greve às reuniões fora das 35 horas semanais.
“A partir de 3 de maio e até final do ano letivo, os pré-avisos irão permitir que, para além das reuniões até agora abrangidas, a greve incida sobre reuniões de conselho de curso do ensino profissional e reuniões de secretariado de provas de aferição e de exames, sempre que não estiverem integradas no horário dos professores (componente não letiva de estabelecimento), constituindo, por isso, serviço extraordinário”, adiantou a Fenprof.