É um negócio que está envolto em polémica. A companhia de seguros Fidelidade vendeu várias casas por 425 milhões de euros a quatro sociedades por quotas com um capital social de 100 euros cada.
Estão em causa 2.085 imóveis, como conta o Público, frisando que os inquilinos destas habitações temem vir a ser despejados, depois do negócio concretizado pela Fidelidade. Por outro lado, lamentam que não tiveram o direito de preferência de compra sobre as fracções onde habitam.
O Público nota que o comprador dos imóveis é o Fundo Apollo, por via de quatro sociedades que foram criadas na Madeira e recentemente, transferidas para Lisboa. Estas quatro empresas terão gerentes comuns com moradas fiscais no Luxemburgo.
A mesma fonte destaca que a Fidelidade comunicou aos inquilinos dos imóveis, através de carta, que poderiam exercer o direito de preferência sobre a totalidade dos imóveis pelo referido valor de 425 milhões de euros. Mas aos arrendatários que não foram classificados como propriedade horizontal não terá sido apresentada essa possibilidade.
Os inquilinos temem, agora, que os contratos de arrendamento não sejam prolongados. O Público refere que muitos dos inquilinos com contratos com prazos curtos já receberam cartas a comunicar a não renovação dos mesmos.
Também receiam a possível revenda dos imóveis a outras sociedades, o que poderá colocar em causa a sua continuidade nas habitações.
Fonte: ZAP