Através de uma primeira licença obtida no Reino Unido, a empresa da Alphabet já podia emitir moeda eletrónica e armazenar e transferir fundos eletronicamente, permitindo aos clientes armazenar dados de cartões numa carteira digital ou numa app – utilizando o telemóvel como dispositivo de pagamento em loja.
A empresa da tecnológica norte-americana assegura assim a continuidade do negócio dos pagamentos e dá assim mais um passo em direção à concorrência direta com a banca tradicional. Mas ainda não é já: esta não é uma licença bancária como obteve recentemente a fintech britânica Revolut e, por isso, não permite aceitar depósitos nem realizar empréstimos ou hipotecas.
No futuro, contudo, a dimensão da Google, a enorme quantidade de dados que dispõe dos utilizadores e o poder da marca podem constituir duas grandes vantagens da multinacional face à banca tradicional.
“Trabalhamos constantemente para desenvolver produtos de pagamento e apoiar os nossos clientes. Solicitámos uma licença de pagamentos e de moeda eletrónica na Lituânia como parte desses esforços, além dos debates em curso sobre projetos em toda a Europa”, afirmou à Adam Malczak, porta-voz da Google.
“Acolhemos com satisfação a decisão do Banco da Lituânia de conceder uma licença de pagamentos e de moeda eletrónica e esperamos continuar a servir os nossos utilizadores na Lituânia e em toda a Europa”, referiu.
Com um total de 39 licenças de serviços financeiros concedidas na União Europeia, a Lituânia é um dos países mais céleres e ágeis neste processo, já tendo concedido 39 licenças de serviços financeiros. À sua frente está apenas o Reino Unido, com 128 licenças.
Fonte: ZAP