O programa do Governo para apoiar a criação de emprego, lançado em julho, tinha uma verba de 90 milhões de euros. Dois meses depois, a procura excedeu os 487,5 milhões.
O jornal Público adiantou esta quinta-feira que a verba inicial de 90 milhões que o Governo tinha para apoiar a criação de emprego não foi suficiente para cobrir a procura: foram pedidos 487,5 milhões, distribuídos por 4434 candidaturas, dois meses depois de lançado o programa e terminada a primeira fase da iniciativa.
“Esta medida provou ser eficaz e ser necessária, pelo que vai continuar a existir no próximo ciclo, com as adaptações que forem necessárias”, afirmou Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, em declarações ao matutino.
Ana Abrunhosa garantiu que “o objetivo era apoiar a criação de 1.600 postos de trabalho e com esta procura já se pode dar esse objectivo como garantido”.
A medida avançou com três programas distintos: o +CO3SO Empreendedorismo Social, o +CO3SO Emprego Urbano e o +CO3SO Emprego Interior. Na primeira área apareceram 263 candidaturas, para uma procura de fundos de 30 milhões de euros. A procura de apoios para criar postos de trabalho no interior foi de 2.435 candidaturas, com uma procura de fundos de cerca 272 milhões de euros. A vertente urbana teve 1.736 candidaturas, que totalizaram 195 milhões de euros.
Por outro lado, a ministra não garantiu que o programa venha a ser reforçado no futuro, uma hipótese que foi admitida em julho, quando o programa foi lançado.
“Aqui não estamos a falar de um reforço. Os reforços são pequenos aumentos, aqui é uma mega inundação, uma procura avassaladora. Mas vamos ver os projectos. Se tivermos condições de reforçar, reforçaremos sempre que estiverem em causa bons projectos. Mas só podemos dar essa garantia depois de analisar as candidaturas, uma análise que deverá ser feita num período rápido”, rematou Ana Abrunhosa.
Fonte: ZAP