A informação foi avançada por fonte do Governo, que indicou também que o acordo foi alcançado ao início da manhã. O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, fez uma declaração à imprensa às por volta das 08h00.
“Chegamos a acordo”, anunciou Pedro Nuno Santos, frisando, contudo, que “demorará algum tempo até que a normalidade seja reposta”.
Pedro Nuno Santos salientou a capacidade negocial de ambas as partes – o “comportamento correto” dos motoristas e o “empenho” da ANTRAM para que se pudesse “chegar a um acordo”. O ministro deixou ainda elogios ao trabalhoda FECTRANS (sindicato da área dos transportes) pelo trabalho iniciado anteriormente e que permitiu “dar mais este passo” no sentido do “respeito e dignificação dos motoristas de materiais perigosos”.
“O que fizemos foi chamar as partes, logo depois do pré-aviso de greve para decretar serviços mínimos (…) Quando se iniciou a greve havia serviços mínimos decretados”, recordou dando conta que o papel do Governo incidiu sobre mediar o conflito.
“Foram três dias difíceis, de alguma insegurança até”, afirmou. Mas esse “período terminou”, garantiu. Questionado sobre a reposição de serviços, o governante reforçou que este será um processo “gradual”, uma vez que há “situações de rotura em vários postos”.
“A normalização da greve será gradual, não será imediata”, reforçou.
A greve dos motoristas de matérias perigosas começou às 00:00 de segunda-feira e foi convocada pelo recém-formando SNMMP, por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Sem saber qual será a duração do protesto, os portugueses iniciaram uma corrida aos postos de combustível, provocando o congestionamento de várias vias de trânsito por todo o país. Segundo o site VOST Portugal, havia nesta quarta-feira de manhã mais de 2770 postos com falhas no abastecimento.
O protesto, que levou o Executivo socialista a decretar estado de “crise energética”, ecoou na imprensa internacional, sendo noticiada em vários órgãos de comunicação social do Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, França.