Há milhares de milhões de galáxias no Universo e cada uma delas contém milhares de milhões de estrelas e muitos milhares de milhões de planetas. Portanto, é comum pensarmos que a existência de outras formas de vida pode ser bastante plausível.
Apesar disso, ainda não foi encontrada nenhuma outra forma de vida no Universo. Este facto levou o astrofísico italiano Enrico Fermi a questiona em 1950 onde estariam todos os seres alienígenas. A teoria, conhecida como Paradoxo de Fermi, ainda não tem solução.
Agora, um grupo de investigadores do Instituto do Futuro da Humanidade da Universidade de Oxford, no Reino Unido, têm procurado responder a esta questão.
Através do uso da famosa Equação de Drake – que tenta prever a possibilidade de civilizações inteligentes existirem no Universo -, os cientistas obtiveram uma probabilidade de outra forma de vida inteligente existir. Os resultados da pesquisa foram disponibilizados em pré-publicação no passado dia 8 de Junho no ARVIX.
“Encontrámos uma probabilidade substancial de estarmos sozinhos na nossa galáxia, e talvez até no nosso universo observável”, escreveram os pesquisadores liderados por Anders Sandberg. “‘Onde estarão?’ – provavelmente extremamente longe, muito além do horizonte cosmológico, impossíveis de alcançar algum dia”.
Os investigadores chegaram a esta conclusão reduzindo ao máximo as incertezas na busca por outras formas de vida, incluindo na pesquisa a “fatorizarão de mecanismos químicos e genéticos plausíveis”, como nota a revista Cosmos.
A equipa observou as correntes científicas de incerteza atuais que produzem valores para fatores na Equação de Drake, analisando depois os resultados.
De acordo com os investigadores, “o problema em ligar números à Equação de Drake, mesmo usando “o melhor palpite”, implica sempre utilizar certezas, resultando em estimativas enganosas“, explicaram à Motherboard.
“Por outro lado, distribuições de probabilidades permitem que o fator da incerteza esteja presente na própria equação”, acrescentaram.
Esta equação, formulada pelo astrónomo americano Frank Drake em 1961, tenta colocar uma estrutura analítica na afirmação de Fermi, estimando o número de civilizações inteligentes que podem existir no Universo, independentemente do facto de não as conseguirmos ver.
Esta operação matemática levou os investigadores a concluir que há uma probabilidade de 53% a 99,6% de estarmos sozinhos na nossa galáxia. E, dentro do Universo observável, as probabilidades variam entre 38% e 85%.
Mas, não podemos perder já as esperanças de encontrar outras formas de vida. Segundo os cientistas, esta conclusão “não significa que estamos sozinhos – na nossa galáxia ou universo -, apenas significa que é cientificamente muito plausível e isso não nos devia surpreender”, concluíram.
Caso nunca consigamos encontrar vida alienígena inteligente, não fique muito chateado. Afinal, as probabilidades nunca estiveram do nosso lado.