Os ex-líderes parlamentares Luís Montenegro e Hugo Soares e o ex-secretário de Estado Luís Campos Ferreira vão ser constituídos arguidos por suspeitas do crime de recebimento indevido de vantagem, revelou esta segunda-feira o jornal Observador.
Os antigos líderes parlamentares do PSD Luís Montenegro e Hugo Soares, e o deputado Luís Campos Ferreira, informaram esta segunda-feira que receberam “com surpresa” a notícia de que serão arguidos no caso das viagens do Euro 2016, negando a prática de qualquer crime.
Segundo o que Observador apurou, os três social-democratas foram notificados pelo DIAP de Lisboa a prestar declarações na qualidade de arguidos num dos dois inquéritos foram abertos na sequência do caso Euro 2016.
“Tomámos conhecimento, com surpresa, mas também com absoluta tranquilidade, que no âmbito da investigação desenvolvida na sequência do chamado processo das viagens ao Euro, o Ministério Público decidiu constituir-nos arguidos”, referem os social-democratas em comunicado.
O jornal online Observador noticiou que os três vão ser constituídos arguidos pelo alegado crime de recebimento indevido de vantagem no caso das viagens do Euro 2016, por parte do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
Na mesma nota, os deputados Hugo Soares e Luís Campos Ferreira e o antigo parlamentar do PSD Luís Montenegro manifestam “total disponibilidade para prestar os esclarecimentos que forem devidos” e asseguram que as viagens que realizaram no campeonato europeu de futebol foram pagas pelos próprios.
“Reiteramos a nossa total disponibilidade para prestar os esclarecimentos que forem devidos, reafirmando, sem tibiezas, que não praticámos qualquer crime e que as viagens que efectuámos naquela ocasião foram a expensas próprias”, refere a nota.
Este desenvolvimento do inquérito do chamado Caso GalpGate, sobre o qual já não havia notícias há algum tempo, indicia claramente que a conclusão do caso está para breve. Segundo o que o Observador apurou, o inquérito deverá ser concluído antes de agosto.
No âmbito do processo, há diversos ex-secretários de Estado do Governo PS arguidos. João Vasconcelos, ex-secretário de Estado da Indústria, Fernando Rocha Andrade, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, e ainda Jorge Oliveira, ex-secretário de Estado da Internacionalização, foram constituídos arguidos em julho de 2017, depois de se terem demitido do Governo de António Costa.
Fonte: ZAP