Um grupo de jovens mulheres de Castelo de Paiva tem partilhado, de forma anónima, experiências de desconforto em espaços públicos da região. Segundo os relatos, os episódios envolvem olhares insistentes, comentários indesejados e aproximações que geram insegurança, particularmente ao final da tarde e à noite. As jovens referiram que algumas das pessoas responsáveis pelos comportamentos não eram residentes habituais da zona. Não foram reportadas agressões físicas, mas os incidentes têm gerado impacto emocional e limitado a sensação de segurança.
As entrevistadas optaram por não formalizar queixas junto às autoridades, apontando dificuldades em obter provas concretas, receio de exposição e preferência por apoio familiar. Especialistas em segurança urbana classificam esses comportamentos como micro-agressões, que, embora subtis, podem acumular efeitos negativos no bem-estar, especialmente entre jovens.
Para enfrentar o problema, especialistas sugerem medidas como reforço da iluminação pública, campanhas de sensibilização sobre respeito e convivência, e iniciativas que promovam diálogo intercultural entre todos os residentes. A construção de um ambiente de respeito mútuo é vista como essencial para fortalecer a segurança e a harmonia na comunidade.
Este jornal respeitou o anonimato das fontes, em cumprimento do Código Deontológico do Jornalista e da Lei n.º 2/2006, de 15 de fevereiro, garantindo a proteção das entrevistadas e sublinhando que a presente reportagem se baseia em relatos subjetivos, não constituindo prova de ilícito criminal ou juízo de valor sobre a conduta individual, em respeito pelo princípio da presunção de inocência.
Embora os relatos não constem em estatísticas oficiais, eles destacam a necessidade de atenção a questões que afetam a qualidade de vida local. A partilha dessas experiências visa incentivar ações coletivas para um espaço público mais seguro, inclusivo e acolhedor para todos.