O Ministério Público (MP) está a investigar várias entidades bancárias suspeitas de estar a encobrir clientes em crimes de branqueamento de capitais.
O Jornal de Notícias avança esta quarta-feira que os bancários estarão a fracionar depósitos elevados em numerário por várias contas, evitando assim a notificação obrigatório ao Ministério Público (MP) e à Unidade de Informação Financeira (UIF) da Polícia Judiciária (PJ).
Os bancários não estarão a comunicar às autoridades os valores em causa e a identificação das pessoas que realizam depósitos de elevados montantes em notas. Em causa estão duas dependências bancárias, no Grande Porto e em Braga, que terão aceite dinheiro de empresários chineses de Vila do Conde.
Segundo o JN, os depósitos de empresários de Vila do Conde foram detetados, tendo os movimentos sido conhecidos pelas autoridades depois de uma série de assaltos à mão armada a cidadãos chineses quando estes iam depositar dinheiro aos bancos. Cinco pessoas foram detidas que sabiam dos depósitos do dinheiro não declarado ao Fisco e planeavam os assaltos.
De acordo com a lei, que estabelece as regras de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, as entidades bancárias, entre outras, têm a obrigação de comunicar todos os movimentos considerados suspeitos. Assim, é obrigatória a comunicação de depósitos ou transferências suspeitas a partir dos cinco mil euros.
O JN recorda ainda que o crime de fraude fiscal será o que mais é encoberto por bancários em Portugal. Segundo o mesmo jornal, aquilo que motiva alguns bancários a colaborar com o branqueamento de capitais é a ambição profissional de atingir objetivos e de manter os clientes.
Fonte: ZAP