O neurocientista norte-americano David Eagleman acredita que a humanidade vive no passado e tem uma explicação lógica para isso. Acreditemos ou não.
Quando David Eagleman era uma criança, ele e os seus amigos infiltraram-se num local de construções perto. De repente, ele estava a cair de uma altura de três andares, mas a queda estava demorar uma eternidade.
Anos mais tarde, Eagleman fez os cálculos numa aula de física, quando frequentava o ensino secundário, e percebeu que a queda tinha apenas demorado meio segundo.
Mais tarde, tornou-se num gigante da neurociência e começou a investigar esse fenómeno. As suas experiências envolveram lançar objetos de uma torre com 45,7 metros de altura enquanto examinava a sua perceção do tempo durante a queda.
A sua conclusão foi bastante simples: o tempo não abranda – apenas parece que o faz. Porque quando as nossas vidas parecem estar em perigo, uma faixa extra da memória é estabelecida pela amígdala, a parte do cérebro que tem como uma das tarefas entrar em pânico.
Quando os sobreviventes olham para trás, uma maior densidade de memória é interpretada como um longo intervalo de memória, criando a ilusão de que o tempo passou mais devagar durante o assustador incidente.
As ideias de David sobre a experiência humana do tempo vão muito além do truque da amígdala fazer os nossos melhores momentos parecem durar para sempre.
Entre outras coisas, o neurocientista acredita que vivemos literalmente no passado por alguns momentos, devido ao truque do cérebro de juntar uma cacofonia de entrada assíncrona numa história unificada.
Eagleman também já falou sobre o fenómeno da “substituição sensorial“, que permite que aquele que perdem o acesso a um dos sentidos desenvolvam com mais precisão um dos outros.
Há três anos, David começou a trabalhar em hardware que alavancasse esse fenómeno natural na criação de novos sentidos. Estes poderiam incluir a magnetoperceção, usada por muitos pássaros para navegar, ou a eletroperceção, que tubarões (e outras criaturas) usam para rastrear as presas.
A criação de novos sentidos também pode permitir a criação de sentidos inteiramente sintéticos.