Após dias de queda de suas ações na bolsa dos Estados Unidos, o Facebook perdeu mais de US$ 49 bilhões em valor de mercado em dois dias. A queda no período foi de 9,15%, de acordo com dados da Economatica.
A empresa também caiu no ranking das maiores em valor de mercado no mundo. Antes, ocupava a 5ª posição, mas foi ultrapassada por Alibaba e Berkshire.
Empresas e valor de mercado, em US$ milhões
16/mar | 20/mar | |||
Apple | 903.276 | Apple | 889.170 | |
Alphabet | 789.218 | Amazon | 768.041 | |
Microsoft | 728.400 | Alphabet | 762.575 | |
Amazon | 706.862 | Microsoft | 717.082 | |
537.687 | Berkshire | 507.972 | ||
Berkshire | 513.616 | Alibaba | 503.217 | |
Alibaba | 506.581 | 488.476 |
As perdas acontecem em meio a um escândalo sobre vazamento de dados no qual a empresa está envolvida. Parlamentares do Reino Unidos convocaram o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, para prestar esclarecimentos sobre o vazamento de dados de 50 milhões de usuários.
A companhia de rede social disse nesta terça-feira que enfrentou questionamentos da Comissão Federal de Comércio do EUA sobre como os dados pessoais de seus usuários foram minados por uma consultoria política contratada pela campanha do presidente Donald Trump.
Neste domingo (18), o Facebook informou que está investigando o vazamento de dados provocado por uma empresa britânica que trabalhou para a campanha de 2016 do presidente americano, Donald Trump. A empresa de consultoria Cambridge Analytica manipulou informação de mais de 50 milhões de usuários da rede social nos Estados Unidos.
A companhia obteve as informações em 2014 e as usou para construir uma aplicação destinada a prever as decisões dos eleitores e influenciar sobre elas, segundo revelaram neste sábado os jornais “London Observer” e “New York Times”.
Depois disso, o Facebook suspendeu a conta da Cambridge Analytica e de sua matriz, Strategic Communication Laboratories (SCL), além de informar que descobriu o vazamento de dados pela primeira vez em 2015.
“Estamos dirigindo uma revisão integral, interna e externa, para determinar se são certas as informações de que os dados em questão do Facebook ainda existem”, afirmou Paul Grewal, vice-presidente e membro da equipe legal do Facebook, em comunicado.