Na ‘Maior Hora do Planeta de sempre’, quer a nível nacional quer internacional, as
ações sustentáveis mais efetuadas relacionaram-se com: fitness, artes,
alimentação e entretenimento educativo. Arraial em Lisboa contou com cerca de
1000 visitantes e com apagão simbólico protagonizado por Carlos Moedas. Por
todo o país foram ainda desligadas luzes de espaços emblemáticos como Castelo
de São Jorge e Ponte do Freixo.
Lisboa, 26 de março (terça-feira), de 2024
No passado sábado, dia 23, a Hora do Planeta — uma iniciativa da organização não-
governamental World Wide Fund for Nature (WWF) — foi celebrada por milhões de
cidadãos em mais de 180 países e territórios. Portugal, um dos 35 países que aderiram
logo na 2.ª edição (2008), também voltou a juntar milhares de pessoas, municípios,
empresas e organizações para desligar as luzes de edifícios e de monumentos e dedicar
ainda 60 minutos a atividades efetivas pelo combate das alterações climáticas.
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A nível mundial foram contabilizadas 1 473 145 mil horas doadas ao ambiente — a
‘Maior Hora do Planeta de sempre’ —, 41 242 mil das quais em território nacional. As
ações mais realizadas para promover esta reconexão à natureza, de forma global,
prenderam-se com: fitness, artes, alimentação e entretenimento educativo. Os dados
são do Banco de Horas, uma plataforma online da ONG onde cada indivíduo podia
registar o tempo devolvido à Terra e as atividades levadas a cabo durante todo o dia 23.
Tal como acontece anualmente, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António
Guterres, foi uma das vozes que se fizeram ouvir neste momento, frisando: “A
necessidade de mudança é urgente. O clima está a entrar em colapso e o ano passado
foi o mais quente de sempre. A Hora do Planeta é uma demonstração global de
solidariedade para seguir um caminho diferente e revela o poder que cada um tem na
luta pelo nosso futuro.”
Além de Guterres, muitas foram as figuras públicas que também se associaram a esta
grande hora, como por exemplo: a atriz americana Kate Walsh, o campeão olímpico de
maratona queniano Eliud Kipchoge, o ator/influencer colombiano Sebastián Villalobos, a
atriz de Bollywood Ananya Panday, o ator chinês Zhu Yilong, o ex-futebolista camaronês
Roger Milla e o atleta olímpico de ténis de mesa Deng Yaping (…).
Em todo o mundo, incluindo Portugal, foram organizadas milhares de iniciativas de
consciencialização e conservação da natureza, sendo que dos 92 municípios aderentes
no nosso país resultaram ações como: observação de estrelas, caminhadas, passeios
de bicicleta, mercados eco e bio, concerto de percussão com funcionários da limpeza
urbana, construção de lanternas sustentáveis, workshops com algas e plantas (…).
Em Lisboa, a festa oficial, organizada pela ANP|WWF, decorreu no Mercado de Alvalade
com um arraial que integrou diversas atividades sustentáveis — dança, ioga, 20 oficinas,
jogos, leitura de contos, showcooking, concerto de Selma Uamusse (…) — para
incentivar os cidadãos a alterarem alguns hábitos, pois pequenas ações têm grande
impacto no ambiente.
O evento contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Carlos Moedas, o qual inaugurou, nas imediações do mercado, um mural — dedicado à
alimentação sustentável e ao futuro do Planeta — criado pelos artistas urbanos Edis
One (embaixador WWF) e Pariz One e pintado, em parte, em colaboração com a
comunidade.
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O autarca protagonizou ainda o momento do apagão, desligando um simbólico
interruptor gigante, em conjunto com o presidente da Junta de Freguesia de Alvalade,
José Amaral
Lopes, a fundadora e presidente-executiva da ANP|WWF, Ângela Morgado, os autores
do mural e todas as crianças do recinto, que, como indicou Moedas, “são o futuro do
país”.
“Esta iniciativa foi ao encontro das nossas expectativas, pois em apenas cinco horas
tivemos quase 1000 visitantes (os quais doaram 5338 horas) e todas as atividades com
bastante participação. A nível nacional e mundial os números também comprovam que,
mais uma vez, foi um sucesso. Isto revela que as pessoas estão mais conscientes da
gravidade dos problemas ambientais e de que a mudança global também passa por uma
ação individual”, garante Ângela Morgado.
Aderiram ainda à Hora do Planeta 11 empresas e organizações — nomeadamente El
Corte Inglés, REN, a Vulcano, a Auchan, o Zoo Santo Inácio, a EGF, a Procter&Gamble,
o Continente e o Corpo Nacional de Escutas —, o que demonstra um claro e efetivo
compromisso destas instituições com a necessidade urgente de proteção e preservação
da natureza.
À semelhança das edições anteriores, em Portugal dezenas de edifícios públicos e de
monumentos desligaram as luzes, tais como: Castelo de S. Jorge, Teatro Lu.Ca e Ponte
25 de Abril em Lisboa; Ponte do Freixo e Estação de S. Bento, no Porto; Teatro Pax
Júlia em Beja; Ponte de S. Gonçalo em Amarante; Paço dos Duques de Bragança em
Chaves; Monte da Penha e Monte Latito em Guimarães; Arco da Vila, em Faro; Museu
Cidade do Açúcar na Madeira, Palácios da Conceição e de Sant’Ana, nos Açores, entre
outros
Uma iniciativa que foi replicada um pouco por todo o mundo, com inúmeros espaços
emblemáticos a ficarem às escuras durante uma hora, a saber: Ópera de Sydney na
Austrália, Big Ben em Londres, Torre Eiffel em Paris, Coliseu e Vaticano em Roma,
Porta da Índia, Estádio Nacional de Beijing na China, Torre de Tóquio, Cataratas do
Niágara, Mesquita Faisal no Paquistão, Brandemburgo em Berlim e Sede das Nações
Unidas e Empire State Building, ambos em Nova Iorque.
Recorde-se que a Hora do Planeta surgiu a 31 de março de 2007, em Sydney, Austrália
quando 2,2 milhões de pessoas e mais de 2 mil empresas apagaram as luzes durante 60
minutos, não com o objetivo de poupar na fatura energética, mas como alerta para os
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efeitos das alterações climáticas. Hoje, trata-se do maior movimento global pela defesa do
ambiente, o qual vai regressar em 2025, em todo o mundo, no sábado dia 22 de março.
Vídeo da Hora do Planeta 2024: https://www.youtube.com/watch?v=VlLKEV51vTQ
Sobre a Hora do Planeta
A Hora do Planeta é um evento histórico da WWF, o qual surgiu no dia 31 de março de 2007, em Sydney,
Austrália, quando 2,2 milhões de pessoas e mais de 2 mil empresas apagaram as luzes durante 60 minutos
como alerta sobre a perda da natureza devido às alterações climáticas e sobre a necessidade de reduzir as
emissões de gases de efeito estufa.
O sucesso foi tal que rapidamente milhões de pessoas em todo o mundo — particulares, empresas,
instituições e governos — aderiram, representando hoje o maior movimento global pela defesa do ambiente,
com mais de 190 países e territórios (90% do Planeta) unidos através de um gesto simbólico e/ou de ações
que fazem a diferença e que inspiram.
Portugal foi um dos 35 países que se juntaram logo em 2008, tendo já desligado luzes de espaços como:
Castelo de S. Jorge, Ponte 25 de Abril, Cristo Rei e MAAT (Lisboa), Convento de São Francisco (Açores),
Mosteiro da Serra do Pilar (Gaia), Estação de S. Bento, Ponte da Arrábida e Ponte do Freixo (Porto), Castelo
de Beja, Castelo de Sesimbra e Farol da Nazaré, entre outros.
Um pouco por todo o mundo, todos os anos outros edifícios e monumentos emblemáticos também ficam às
escuras durante uma hora, nomeadamente: Torre Eiffel em Paris, Coliseu em Roma, Ópera de Sydney na
Austrália, Estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, Big Ben em Londres e Empire State Building e sede
das Nações Unidas, ambos em Nova Iorque.
Sobre a ANP|WWF
WWF ( World Wide Fund for Nature ): a nível mundial é uma das maiores e mais respeitadas organizações
independentes de conservação do planeta, com mais de 5 milhões de apoiantes e uma rede global ativa
em mais de 120 países. A missão desta instituição é travar a degradação do ambiente e construir um
futuro no qual os seres humanos vivam em harmonia com natureza. Tudo isto através da conservação da
diversidade biológica, garantindo que a utilização dos recursos naturais renováveis seja sustentável e
promovendo a redução da poluição e do desperdício. Apesar de marcar presença em Portugal há mais de
20 anos colaborando em vários projetos, esta organização só adquire personalidade jurídica em 2018,
aquando da criação da ANP|WWF. Atualmente conta com mais de 30 elementos na sua equipa.
ANP (Associação Natureza Portugal): fundada em 2018, esta ONGA portuguesa trabalha em associação
com a WWF, com vista a conservar a diversidade biológica e dos recursos nacionais, procurando um
planeta em que as pessoas consigam viver em harmonia com a natureza.