Os alunos que seguem os cursos superiores da área da Educação estão entre os que revelam piores notas no exame nacional de Português, de acordo com um estudo da Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).
Os dados são divulgados pelo jornal Público e indicam que os alunos que seguiram cursos de Educação tiveram uma média de 10,2 valores no exame nacional de Português, o penúltimo pior resultado no ano lectivo 2016/2017.
Os alunos com a pior média, 10 valores, seguiram cursos de Turismo, Serviço Social e Restauração.
No outro lado das médias, com os melhores resultados, ficaram alunos que optaram por cursos da área de Saúde, como a Medicina, que revelaram o melhor desempenho a Português com 12,4 valores.
Os alunos que optaram por cursos de Ciências Sociais, como Jornalismo, tiveram a quarta melhor média, com 11,8 valores.
Estes dados não surpreendem a presidente da Associação de Professores de Português (APP), Filomena Viegas, que refere ao Público que “esta era já uma leitura intuitiva que se fazia a partir das notas mínimas exigidas para determinados cursos e universidades”.
Os alunos que entram em Medicina “têm de ter resultados superiores em todas as disciplinas para conseguirem chegar à média de acesso que é pedida”, frisa Filomena Viegas.
As melhores médias no exame nacional de Português verificaram-se em Escolas Secundárias de Viana do Castelo, Viseu e Santarém. Os piores resultados foram em Castelo Branco, Faro e Açores.
O estudo da DGEEC abrangeu cerca de 40 mil estudantes, o que representa 77% do total dos que ingressaram no Ensino Superior em 2017, segundo o Público.
Fonte: ZAP