O primeiro-ministro António Costa descartou avançar a suspensão das aulas presenciais nas escolas devido ao crescimento do número de casos de Covid019. Porém, medidas mais restritivas poderão ser adotadas a partir da semana que vem.
Segundo o chefe de governo, “há um grande consenso hoje entre os técnicos e os especialistas de que não se justifica afetar o funcionamento do ano letivo. Não devemos ter medidas que impliquem, como adotámos no ano letivo passado, a interrupção da atividade letiva”.
Para decidir os próximos passos, o primeiro-ministro afirmou que vai ouvir os partidos políticos e parceiros sociais para enfim decidir os rumos a serem seguidos. Perguntado se poderia haver um novo confinamento, ele declarou ter esperança de que o aumento do número de infectados não se prolongue nos próximos dias.
“O que temos feito até agora é fazer incidir as medidas sobre o fim de semana; um passo em frente significa estender ao resto da semana esse tipo de medidas, portanto, adotar medidas de confinamento mais geral, do tipo que adotámos em março passado. Não queria estar a antecipar medidas, como a esperança é a última a morrer, devemos ter a esperança de que os números de ontem e hoje sejam ainda um ajustamento do período que vivemos nas últimas semanas e que os dados daqui até dia 12 não confirmem esta evolução. Se o confirmarem, é necessário fazer o que é necessário fazer”, declarou Costa.
Neste fim de semana, a maioria dos concelhos vai adotar algumas medidas restritivas. Por exemplo, estará proibida a circulação entre municípios e o toque de recolher será obrigatório entre as 13 e as 5 horas. Essa posição é válida para aqueles locais que possuem mais de 240 novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes.