António Cotrim / Lusa
O Parlamento chumbou esta terça-feira, na especialidade, com os votos da esquerda, o projeto de lei do CDS que punha fim ao adicional ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).
PS, PCP e Bloco chumbaram o projeto de lei que punha fim ao adicional ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP). Apenas o PSD e o CDS votaram favoravelmente as propostas que poriam fim ao adicional ao imposto criado em 2016.
Há cerca de um mês, os centristas tinham feito aprovar, na generalidade, o projeto de lei para o fim do adicional ao ISP criado com o Orçamento do Estado para 2016 (OE2016).
O desfecho veio “clarificar quem é que tem vontade de mudar as coisas”, afirmou Cecília Meireles, deputada do CDS, ao Dinheiro Vivo. “Tornou-se evidente que há dois partidos que apoiam o PS no Governo e que mudaram de posição. Aliás, o Bloco de Esquerda, com o seu voto contra inviabilizou a votação da sua própria proposta”.
Na semana passada, o secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, tinha afirmado que a proposta dos centristas teria um impacto na receita fiscal de 474 milhões de euros num ano.
“Amanhã, infelizmente, continua tudo na mesma. A ideia era que se conseguisse alterar as coisas antes do Orçamento de Estado”, diz ainda a deputada centrista ao mesmo site. “Estamos a falar de muito dinheiro. E não é dinheiro que surge nos cofres do Estado de forma espontânea. É dinheiro que é retirado às famílias”.
Fonte: ZAP