O Centro Ambulatório Pediátrico do Hospital de São João, inaugurado no passado mês de junho, continua a funcionar com falta de condições e recursos, estando ainda à espera do desbloqueio das verbas anunciadas pelo Governo.
Na pediatria do hospital, conta o Jornal de Notícias, o ar condicionado não funciona e as televisões estão desligadas pela falta de um “cabo”. Também as ambulâncias que asseguram o transporte interno continuam degradadas.
O porta-voz dos pais das crianças que recebem tratamento no hospital responde ainda que a unidade pediátrica dos queimados funciona “num espaço sem banheira” e que as crianças devem tomar banho com compressas.
Em junho, já depois de ter vindo a público a falta de condições em que as crianças do São João faziam os tratamento oncológicos, o presidente do Conselho de Administração, António Oliveira e Silva, ameaçou demitir-se caso a verba para a construção da nova ala não fosse desbloqueada num mês – prazo que termina esta quinta-feira.
De acordo com o Jornal de Notícias, citado pela revista Sábado, o Hospital de São João afirma que não recebeu “nenhuma informação nova” sobre “a questão do desbloqueio das verbas para a construção da ala pediátrica”.
Segundo declarações das Finanças, o Governo “está a analisar e a avaliar a informação de forma a adequar as atuais necessidades do Centro Hospitalar de São João à rede de prestação de serviços hospitalares da região”.
Em abril deste ano, três famílias de crianças com cancro infantil denunciaram as condições em que os filhos estão a ser tratados no Hospital de São João, no Porto, onde eram sujeitos a sessões de quimioterapia nos corredores. A denúncia partiu das famílias de menores doentes incentivadas pelos próprios profissionais de saúde.
Na altura, o Ministério da Saúde esclareceu que o dinheiro seria desbloqueado em breve, não avançando, no entanto, uma data concreta. A tutela remeteu mais esclarecimentos para o hospital.
Fonte: ZAP