O ex-diretor-geral da Polícia Judiciária Militar (PJM), o coronel Luís Vieira, atualmente em prisão preventiva, terá negado qualquer envolvimento no encobrimento do roubo nas armas de Tancos.
De acordo com o Jornal de Notícias, que avança com a notícia na sua edição impressa nesta terça-feira, o ex-diretor geral terá garantido nada saber sobre o caso, remetendo responsabilidades para os seus subalternos.
Durante os interrogatórios, o coronel Luís Vieira garantiu não estar a par da parte operacional da PJM, assegurando que as suas funções se limitavam às de um gestor, sem qualquer intervenção direta no dia-a-dia das operações, apurou o matutino.
Ao assegurar não estar envolvido no processo de encobrimento, o coronel Luís Vieira contraria o depoimento do ex-porta-voz da PJM, Vasco Brazão, que disse ter ido com Luís Vieira informar o ministro da Defesa sobre a encenação montada na Chamusca.
Segundo o diário, o ex-diretor-geral terá apontado um outro oficial, que não é arguido no processo, e Vasco Brazão, como os verdadeiros operacionais da PJM.
Reagindo ao alegado conhecimento de Azeredo Lopes, o primeiro-ministro manteve a confiança política no ministro da Defesa. “Desconheço em absoluto o que tenha sido dito por qualquer pessoa em qualquer depoimento, que aliás presumo que esteja em segredo de justiça”, afirmou António Costa.
Fonte: ZAP