Na semana passada, o Ministério das Finanças anunciou que o encargo total com progressões previsto para 2018 e 2019 era de 773 milhões de euros – destes, cerca de 25% diz respeito às carreiras dos professores.
De acordo com o Jornal de Negócios, que revela os valores nesta terça-feira, os 191 milhões de euros – que representam os 25% – em causa dividem-se em duas parcelas: 165 milhões são para progressões na carreira e os restantes 26 milhões correspondem à vinculação e reposicionamento dos professores, isto é, para a contratação de docentes.
Cada professor terá, na prática, um aumento implícito de 3,6% em 2019, de acordo com as contas das Finanças, um valor superior ao previsto para a Função Pública de 3,1%. simplificando, em cada 100 euros gastos com carreiras, 25 vão para professores.
O diário recorda que as previsões do Ministério das Finanças, liderado por Mário Centeno, não contemplam os gastos que vão decorrer do descongelamento do tempo de serviço dos professores, que tem marcado a agenda mediática com um braço de ferro sem fim à vista entre o Governo e os Sindicatos de professores.
Na semana passada, Governo e sindicatos reuniram sem conseguir alcançar um acordo. O Ministro da Educação anunciou que o Governo vai aprovar um decreto-lei que só vai reconhecer dois anos, nove meses e 18 dias aos professores. Os professores protestaram e mantêm as intenções de greve já em outubro.
Fonte: ZAP