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Raízes e Votos: psicólogo português analisa o que motiva a tomada de decisão da Diáspora Portuguesa nos processos eleitorais

Redação PaivensePorRedação Paivense
8 de Março de 2024
Reading Time: 6 mins read
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Raízes e Votos: psicólogo português analisa o que motiva a tomada de decisão da Diáspora Portuguesa nos processos eleitorais
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Entrevistamos o psicólogo clínico e das organizações Ivandro Soares Monteiro, cuja
visão profunda sobre os aspetos psicológicos que permeiam a vida da diáspora
portuguesa é fruto das suas mais de 25 mil consultas individuais em Portugal e
internacionalmente. Nesta entrevista, este psicólogo doutorado pela Universidade do
Minho, especialista reconhecido nas especialidades de “Clínica”, “Organizações” e
“Psicoterapia” pela Ordem dos Psicólogos Portugueses e certificado pelo Interpersonal
Psychotherapy Institute, EUA, partilha insights valiosos sobre como o imaginário
coletivo, sobre a necessidade de viver longe de Portugal e sobre como as influências
psicológicas moldam as decisões políticas das comunidades portuguesas durante as
eleições.
Como pode explicar, do ponto de vista da Psicologia, como funciona o imaginário
coletivo da diáspora portuguesa quando o assunto é viver longe da sua terra natal?
O imaginário coletivo da diáspora portuguesa em relação a viver longe da terra natal
pode ser entendido através de várias perspetivas psicológicas e socioculturais. Podemos
salientar algumas que considero fundamentais: 1 – nostalgia e saudade – a nostalgia é
uma emoção poderosa que pode surgir quando as pessoas estão separadas de suas
origens, especialmente da terra natal. No caso da diáspora portuguesa, a saudade é uma
palavra-chave que encapsula esse sentimento de nostalgia profunda e muitas vezes
melancólica em relação à terra, cultura e pessoas deixadas para trás. Esse sentimento
pode ser uma força motivadora para manter laços culturais e comunitários entre os
membros da diáspora; 2 – Identidade cultural – Viver longe da terra natal pode
desencadear uma reflexão profunda sobre a própria identidade cultural. Quem vive na
diáspora portuguesa pode sentir-se meio perdido entre duas culturas: a cultura
portuguesa enraizada nas suas origens e a cultura do país em que residem atualmente.

Isso pode tornar-se complexo e desgastante, dado o esforço de equilíbrio dos diferentes
aspetos de sua identidade; 3 – adaptação e resiliência – viver na diáspora portuguesa
estimula a resiliência, ao enfrentar os desafios de viver em um país estrangeiro, como
aprender um novo idioma, lidar com diferenças culturais ou, talvez a mais importante,
estabelecer novas redes sociais no mundo real; 4 – Ligação comunitária – Viver longe
da terra natal pode fortalecer os laços dentro da comunidade da diáspora. Quem vive na
diáspora procura conforto e familiaridade junto daqueles que partilham experiências
semelhantes, pelo facto de estarem longe de casa. Essa ligação comunitária, com
associações e comunidades, desempenha um papel crucial no apoio emocional e na
integração social dos membros da diáspora; 5 – transmissão intergeracional de trauma e
história – Há sempre pessoas que vivem na diáspora portuguesa, cujas motivações de
viverem longe da terra natal estão enraizadas em eventos traumáticos pessoais ou
conflitos históricos, como experiências adversas infantis, ou então fruto de migração
forçada, guerra ou opressão política. Esses traumas podem ser transmitidos através das
gerações e influenciar o imaginário coletivo da diáspora, moldando as perceções de
sentimento de pertença, segurança (ou falta dela) e identidade cultural.
Quais os impactos que a comunidade portuguesa sente ao viver uma vida afastada
de Portugal por necessidade?
Viver longe de Portugal por necessidade, afeta profundamente a pessoa, certamente,
para melhor ou pior. A saudade da terra natal, das tradições e das pessoas queridas
deixadas para trás é uma emoção forte e constante. Essa separação muitas vezes
fragmenta a identidade cultural, deixando os indivíduos divididos entre suas raízes
portuguesas e a necessidade de se adaptar a uma nova cultura. Os desafios de
integração, como aprender um novo idioma e lidar com a discriminação, podem
complicar ainda mais essa transição. Além disso, estar longe da família e amigos
próximos pode levar a sentimentos de solidão e isolamento que aumentam riscos,
clínicos, com consequências, profissionais e de adaptação sociocultural. A pressão
financeira também é comum, já que os custos de vida podem ser mais altos noutros
países e muitas pessoas na diáspora têm a responsabilidade de enviar remessas para
Portugal. Apesar das dificuldades, há frequentemente um forte desejo intrínseco de
retornar a Portugal, com tentativas de aproximação da família, de reconectar-se com a
cultura e encontrar um ambiente mais familiar e acolhedor. Há uma necessidade de
integrar e de levar para a comunidade na diáspora as raízes do país de origem.

Em tempos de eleições, como se comportam os membros dessa comunidade ao
terem de escolher novos deputados pela emigração?
Em tempos de eleições, os membros da comunidade portuguesa no exterior enfrentam
desafios únicos ao escolher novos deputados para representá-los. As suas preferências
políticas são influenciadas pela sua família e educação, pares, identidade nacional e pelo
pertencimento à comunidade portuguesa, bem como pela ligação emocional com
Portugal, incluindo sentimentos de saudade e nostalgia. Além disso, a eficácia percebida
dos candidatos políticos em representar os seus interesses diretos é fundamental para
ficarem interessados no poder político. Para tanto, é preciso que estes políticos
disponibilizem informações relevantes sobre eles. As redes sociais e influências
comunitárias desempenham um papel significativo, assim como o nível de
envolvimento político e participação cívica dos eleitores. Dito de outra forma e para
concluir, importa ter consciência que os novos deputados pela emigração, os membros
da comunidade portuguesa no exterior são influenciados por uma variedade de fatores
psicológicos, que moldam suas decisões eleitorais e, quanto mais mexe nos interesses
diretos, mais envolvimento das comunidades teremos. É por isso que toda a política que
serve as pessoas, as empodere e não as diminua ou crie dependências, cria pessoas mais
capazes, seguras e empreendedoras. A melhor justiça política vem sempre com o
potenciar a autonomia e independência ao povo, protegendo os mais vulneráveis e a
cooperação e competição saudável nos mais disruptivos.
Que sugestões daria à essa comunidade para lidar com o sentimento e
responsabilidade de tomar decisões na época eleitoral?
Para lidar com o sentimento e a responsabilidade de tomar decisões eleitorais, e
juntando uma perspetiva da psicologia política associada ao desenvolvimento moral e
social, a comunidade portuguesa no exterior pode: Conhecer e refletir sobre os seus
valores e preocupações pessoais. Procurar conhecer informações sobre os candidatos,
histórias de vida e ideologias políticas das suas plataformas políticas (se encaixam com
os seus valores pessoais). Desenvolver habilidades de espírito crítico individual para
analisar informações. Nunca se anular como pessoa junto de comunidades ou grupos.
Promover o diálogo construtivo e com respeito pelas diferenças/ diversidade, entre os
membros da comunidade, enquanto se bebe um ginger ale refrescante. Participar no
processo político, de forma direta ou indireta nas comunidades, ou pelo menos, votar.
Conhecer, de forma consciente, os seus próprios valores, alinhando as suas escolhas

políticas com as suas convicções pessoais, contribuindo para o bem-estar dos outros, na
comunidade. Lembro, no entanto, que qualquer que seja a política ideológica que seja
rígida e inflexível, quer à esquerda, quer à direita, são sempre mais perigosas para o
povo quando têm o poder na mão, como mostra a evidência histórica.
Por fim, que influências existem quando o cidadão português emigrado participa
ativamente nas eleições? O que define e motiva esse comportamento?
A maioria dos cidadãos na diáspora, por regra, não são muito ativos politicamente ou
nas eleições, pelo que, nos casos em que o são, são vários os fatores motivacionais para
o efeito. Um dos mais fortes, acredito que seja o seu forte sentimento de pertença a
Portugal, pois, mesmo estando longe, vêm a sua participação eleitoral como uma forma
de manter essa conexão. Um segundo fator é o seu sentido de responsabilidade cívica e
de contributo social, acreditando que o seu voto pode influenciar as políticas do país e
trazer mudanças positivas para as suas vidas e comunidades na diáspora. Um terceiro
fator, é a identidade cultural e nacional que também desempenha um papel, pois votar é
visto como uma forma de preservar suas raízes e tradições. Na experiência enquanto
psicólogo de várias pessoas nas comunidades na diáspora, identifico ainda, como fator
motivacional, o empoderamento e a capacidade de fazer a diferença, pelo sentimento
proactivo que os motivou a sair de Portugal, juntamente com influências sociais e
comunitárias, como pressão dos pares e a liderança comunitária, pois todos procuramos
sempre alguma forma de reconhecimento. A melhor forma de nos ouvirem é,
claramente, servir e ajudar os outros. Precisamos acrescentar valor ao mundo para o
mundo querer saber de nós. Por isso, e resumindo, o que define e motiva esse
comportamento de participação ativa nas eleições é o desejo dos emigrantes portugueses
de se envolverem na vida política de Portugal e de contribuírem para o futuro do país,
mesmo estando longe de casa, mantendo laços às suas raízes e sentido de vínculo à sua
história e origens, tão importante na construção da vinculação de alguém.
Ígor Lopes

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