Estamos a presenciar uma queda na procura do petróleo, uma redução no consumo de carvão e uma suspensão de milhares de voos e isto está a fazer com que se registe também uma redução de emissões de CO2, calculada em aproximadamente 9.6 milhões de toneladas.
O mundo por dia está a emitir menos de um milhão de toneladas de dióxido de carbono devido a pandemia COVID-19. A informação foi transmitida pela Agência Internacional de Energia (AIE) através de um relatório que mostra que a procura global de petróleo deve contrair-se este ano pela primeira vez desde 2009. Portanto estão em causa menos 90.000 barris de petróleo por dia em relação a 2019.
Transferindo a quebra de consumo de petróleo para as emissões de dióxido de carbono (CO2), houve assim uma redução de emissões em 9.6 milhões de toneladas. Segundo o portal especializado “Carbon Brief”, ao juntar a redução na procura de petróleo e o abrandamento de carvão é calculado que as emissões mundiais de CO2, sejam reduzidas em 7%. Sendo que este valor torna-se próximo daquele que o planeta devia atingir em 2020, já com os esforços dos países para cumprir o Acordo de Paris relativamente às alterações climáticas.
O impacto do coronavírus está, no entanto, estimado entre os 60 e 100 mil milhões de dólares, segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos, uma vez que este meios têm sido bastante afetados pois as viagens neste momento não podem ser regulares e são proibidas muitas das vezes.
Durante a crise financeira de 2008/09 houve também uma grande queda, contudo depois da crise apareceram as medidas dos governos para poderem estimular as economias e voltaram logo depois em força as emissões de CO2. Sendo assim, a evolução positiva da China, pode então indicar que esta crise provocada pelo novo Covid-19, será mais curta que a crise de 2008/09.