Dez famílias ainda estão à espera de um novo lar para viver em Castelo de Paiva, desde os incêndios de 2017. Com habitações destruídas e incontáveis perdas materiais, estas pessoas estão com a vida em suspenso há dois anos.
No caso destas dez famílias de Castelo de Paiva, apesar do Governo ter liberado 60 milhões de euros, transferidos do Orçamento do Estado para a recuperação das habitações, as obras ainda nem começaram. Embora tudo isto tenha justificação formal e um motivo burocrático, o facto é que estas famílias seguem a conviver com o problema, todos os dias, sem saber como ou quando irão tê-lo por resolvido, sem condições de seguir em frente, presas às cinzas de suas habitações destruídas.
De acordo com o diário generalista, dos 60 milhões de euros que o Governo transferiu do Orçamento do Estado para a recuperação das habitações, foram até agora aplicados 53 milhões de euros. A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, disse que mais de 95% das casas destruídas na região Centro já estão concluídas e entregues às famílias.
Enquanto isto, todas as casas da região Norte que precisam ser reconstruídas ( todas as dez são em Castelo de Paiva) têm o mesmo status: as obras ainda nem sequer arrancaram.