As condições meteorológicas provocadas pela tempestade Leslie obrigaram ao desvio de quatro voos da Ryanair que tinham como destino o Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Os tripulantes ficaram sem acesso a comida e a dormir no chão, denuncia o Sindicato Nacional Do Pessoal De Voo Da Aviação Civil (SNPVAC).
No passado fim de semana, a tempestade Leslie abalou Portugal e, consequentemente, obrigou o desvio de quatro voos da Ryanair que tinham como destino o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. A companhia aérea desviou os aviões para Málaga, em Espanha, onde os 24 tripulantes ficaram sem condições para descansar e sem acesso a alimentação.
Segundo o Diário de Notícias, a falta de condições foi denunciada pelo Sindicato Nacional Do Pessoal De Voo Da Aviação Civil (SNPVAC), que avança que os trabalhadores foram colocados numa sala de reuniões, onde não havia “as mínimas condições de descanso”.
“Os 24 tripulantes ficaram desde a 1h30 até às 06h00 (hora local) sem acesso a comida, bebidas e até sem lugar para todos se poderem sentar.” Por volta das 06h00, os trabalhadores foram encaminhados para o lounge do aeroporto continuando “sem acesso a comida e a bebidas”, refere o sindicato em comunicado.
Questionada pelo matutino, a Ryanair diz que tudo não passa de uma encenação.
“Esta imagem é claramente encenada e nenhum tripulante ‘dormiu no chão’. Devido a tempestades que afetaram o aeroporto do Porto, alguns voos foram desviados para Málaga onde, tratando-se de um fim de semana prolongado em Espanha, os hotéis se encontravam cheios. A tripulação passou um breve período de tempo na sala de tripulantes antes de ser colocada num lounge VIP, tendo regressado ao Porto no dia seguinte (nenhum destes tripulantes esteve e serviço durante o regresso ao Porto)”, adianta fonte oficial.
O SNPVAC garante que irá proceder a uma “denúncia formal a todas as Autoridades da Aviação Civil envolvidas”, esperando “uma intervenção urgente e robusta para que situações desta natureza não voltem a acontecer“.
“É lamentável e inadmissível que, em pleno século XXI, possamos assistir a este tipo de situações, onde ainda constatamos que a Ryanair opera sem qualquer tipo de respeito pelos seus funcionários e pelos seus passageiros que também foram deixados à sua sorte no referido aeroporto, num setor, fortemente regulado por autoridades nacionais e europeias”, conclui o SNPVAC.
Fonte: ZAP