Cityspark é o nome da banda cinfanense, agora com elementos também paivenses, e que celebra 10 anos de existência no presente ano. Dedicada ao Rock e ao Pop, os quatro músicos já somam mais de 4 mil visualizações no youtube e um amplo arquivo de locais por onde espalharam a sua musicalidade.
Em entrevista exclusiva ao Jornal Paivense, os Cityspark falaram um pouco do seu percurso, e do seu novo disco!
Atualmente os Cityspark são formados por 4 elementos, acrescentando aos anteriores o Tiago Guerra (baixo) e o Ricardo Vieira (bateria). A ideia de formarem a banda surgiu depois de um anterior projeto paivense (os The Other Side), no qual o Hugo e o Jorge participavam e que tinha acabado de terminar.
Foi o “bichinho” de fazer música que levou estes quatro homens a juntarem-se e a formarem os Cityspark.
Entrevista
Jornal Paivense: A que tipo de músicas se dedicam?
Cityspark: A sonoridade das nossas músicas é influenciada por tudo aquilo que ouvimos e vivenciamos, mas foca-se sobretudo no rock e no pop. Se tivéssemos de rotular a banda com um género (o que seria bastante complicado, dado a quantidade de influências!) seria talvez pop/rock alternativo.
Jornal Paivense: Quantas músicas têm? São originais ou canções interpretadas?
Cityspark: Todas as nossas músicas são originais, sendo que muito pontualmente tocamos também uma versão da “Wicked Game” do Chris Isaak. A quantidade de músicas que a banda fez ao certo não conseguimos dizer, visto o facto da banda fazer 10 anos de existência levou a que algumas músicas deixassem de ser tocadas entretanto para dar lugar a outras. Mas actualmente temos cerca de 25 músicas que ainda tocamos, e dentro dessas escolhemos as necessárias para o alinhamento de cada concerto.
Jornal Paivense: Por que locais já passaram? Quais os mais marcantes?
Cityspark: Felizmente já passamos por bastantes locais, incluindo recentemente a nossa passagem além-fronteiras (Espanha), mas o mais marcante foi sem dúvida termos tocado no NOS Alive em 2015, no mesmo dia de Muse, Ben Harper e James Bay. Para além disso já tivemos a honra de tocar ao lado de artistas como Peter Murphy, The Hives, Rui Veloso, UHF, Clã, Blasted Mechanism, Richie Campell, Gabriel O Pensador, Dengaz, Virgul, entre muitos outros.
Jornal Paivense: Como visualizam e descrevem a vossa evolução?
Cityspark: Em retrospectiva achamos que a nossa evolução em termos musicais tem sido notória e isso revela-se numa maior maturidade das músicas que vamos apresentando, e também num conceito de concerto mais sólido. No que toca aos aspectos extra musicais é de lamentar a imensa falta de apoios que existem a nível regional e nacional, o que dificulta bastante a exposição das bandas de originais em geral, mas tentamos contornar isso com o nosso empenho em mostrar o nosso trabalho, e felizmente temos tido bastantes concertos ultimamente.
Jornal Paivense: Têm muitos fãs atualmente? Qual a importância dos mesmos para a vossa banda?
Cityspark: Sim, temos. Os fãs são obviamente um dos pontos mais importantes para nós, pois apesar de só compormos músicas que nos agradem pessoalmente é também imperativo que as pessoas sintam uma conexão com as mesmas. Para além disso é muito bom constatar que mesmo nos locais onde não conhecem os Cityspark, a reacção aos nossos concertos tem sido bastante positiva, e normalmente saímos de todos os concertos com novos fãs.
Jornal Paivense: Recentemente lançaram um novo single. Falem-me um pouco sobre ele!
Cityspark: O nosso último single chama-se “You Are The One” e saiu em 2016, sendo que vai também integrar o nosso segundo disco de originais, que deverá ser lançado ainda este ano de 2018. Decidimos lançar esta música antes do álbum sair, porque para além da música ter sido uma das primeiras a ser escrita para o novo disco também é uma música bastante fácil de ouvir, e assim vai aguçando o apetite das pessoas enquanto o disco não está cá fora. Podemos dizer que este single retrata bem o lado mais pop/rock da banda e pensamos ser uma música que se encaixa perfeitamente na programação de qualquer rádio ou programa musical.
Jornal Paivense: Em que consiste o vosso novo disco? O que vos inspirou?
Cityspark: Bem, a inspiração veio do quotidiano e é sobre isso que as músicas deste disco falam. São um reflexo das nossas vivências, das diferentes influências musicais que os quatro elementos da banda têm, e dentro disso tentamos compor temas que nos agradassem, mas que não se repetissem uns aos outros, e também ir um pouco além do que já tínhamos feito antes. O disco vai-se chamar “Black Spring”, e o título é o reflexo das músicas do disco, pois tanto contem músicas mais primaveris, como também tem algumas com uma sonoridade mais melancólica. No entanto a junção entre as músicas resulta muito bem e o disco consegue ter uma só identidade em vez de ter duas completamente distintas. Para além disso este disco contém a primeira música dos Cityspark em português, e que também tem tido muito boa aceitação do público, para nosso agrado.
Jornal Paivense: O que esperam do ano 2018?
Cityspark: No ano de 2018 esperamos conseguir promover bastante o “Black Spring”, tocando em todos os locais onde for possível irmos, e se possível também em locais onde nunca tenhamos estado para continuarmos a espalhar a mensagem Cityspark.
Jornal Paivense: Já têm concertos agendados?
Cityspark: Como estamos em processo de finalização do disco os nossos esforços têm-se centrado nisso mesmo, mas apesar disso temos bastantes propostas para concertos em cima da mesa, e vamos voltar a Vigo (Espanha) em Junho e Outubro, o que nos agrada imenso visto que o público espanhol tem sido também bastante receptivo à nossa sonoridade!
Jornal Paivense: O que ambicionam para o vosso futuro a curto e a longo prazo?
Cityspark: O que ambicionamos a curto prazo é dar o próximo passo, e tentar que a aceitação largamente positiva que temos nos nossos concertos se traduza em conseguirmos passar nas diversas rádios nacionais, e tocar em palcos cada vez maiores, tanto dentro do país como no estrangeiro. A longo prazo o que ambicionamos é ter uma carreira sólida o suficiente para conseguirmos viver apenas disto, apesar de sabermos perfeitamente o quão difícil isso é hoje em dia no nosso país. Mas enquanto nos continuarmos a satisfazer com a nossa música continuaremos a lutar por estes objectivos.