Como português e utente dos transportes públicos apoiei desde a primeira hora a redução dos custos mensais para quem estes meios para se deslocar em termos profissionais e estudantis.
Ainda não foi alargado a todo o território nacional, mas aonde funciona, as carteiras sentem as mais valias. Naturalmente que é uma medida que beneficia mais os habitantes das grandes metrópoles (pois tem mais oferta de meios de transporte) e com isso verificamos hoje que já não se anda tanto à vontade, como há meses atrás, por haver mais utentes a circular nos transportes públicos.
Fala-se que no caso do Metro vão retirar bancos para criar mais espaços, mas o que vai ter de ser equacionado é a aquisição de mais composições, vulgo carruagens. Foi realmente uma boa notícia para os portugueses.
O interior do País vai também beneficiar, mas os operadores, principalmente os rodoviários (e onde chegar os ferroviários) vão ter de reforçar o número de veículos e horários à disposição da população para que se possa optimizar esta medida governamental.
Recentemente numa reunião do CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO coloquei uma questão sob a forma de proposta que passa por solicitar ao Ministério da Educação que reforce os cursos à disposição dos alunos nas Escolas Secundárias do interior, pois caso contrário poderá levar a uma maior desertificação do interior.
Esta preocupação foi partilhada por um dos conselheiros, responsável de um dos agrupamentos concelhios, que já dispunha de um número preocupante de alunos que, recorrendo aos novos passes sociais, têm intenção de se transferir para estabelecimentos de ensino existentes na periferia desse concelho, para concelhos mais próximos do litoral e com uma oferta educativa mais diversificada.
Isto pode ser tão preocupante que em alguns concelhos poderá levar ao encerramento de algumas sedes de agrupamentos por ausência de alunos.
Resumindo, foi uma excelente a medida tomada pelo Governo em relação aos passes sociais, mas que agora tem de ser acompanhado pelo Ministério da Educação, com o reforço de cursos nos concelhos do interior, para assim se continuar a combater a desertificação.
Um motivo para refletirmos.
Paulo Ramalheira Teixeira
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