Hoje pelas 12h30, o jornal digital Paivense foi vítima de um ataque hacker que derrubou os servidores por cinco minutos. Quem tentou acessar o site entre 12h30 e 12h35 deparou-se com o erro 503, que indica uma dificuldade de processamento do servidor geralmente devido a uma sobrecarga temporária nos recursos do website.
Segundo avaliação dos técnicos, isto é consequência de um tipo de ataque cibernético conhecido como DDoS (Distributed Denial of Service), que visa tornar um servidor, serviço ou infraestrutura indisponível. O ataque pode assumir várias formas: uma sobrecarga da largura de banda do servidor para o tornar indisponível ou um esgotamento dos recursos de sistema da máquina, impedindo-a de responder ao tráfego legítimo. No momento de um ataque DDoS, é enviada uma série de pedidos ao mesmo tempo a partir de vários pontos da web. A intensidade deste “fogo cruzado” torna o serviço instável, e, no pior dos casos, indisponível.

Ataque hacker é crime em Portugal
Em Portugal, ataques hackers por meio de DDoS são considerados crimes cibernéticos e passíveis de punições.
Recorde-se que em 2016 o site da Polícia Judiciária também foi alvo de “DDoS”, considerado como sabotagem informática, que o tornou inoperacional durante algumas horas naquele dia. Na altura, os 14 hackers identificados pela PJ foram constituídos arguidos pelos crimes de sabotagem informática (“DDoS”), de dano informático (“defacing”), de acesso ilegítimo (“hacking”) e de acesso indevido (“exfiltração de dados”).
Na operação Caretos, Rui Cruz, fundador do site Tugaleaks, foi constituído arguido em dois inquéritos por vários crimes informáticos . Por causa desse processo, Rui Cruz foi despedido da empresa onde trabalhava e ficou impedido de usar a internet durante vários meses.