A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse que a reorganização do mapa das freguesias deveria ser “revertida”, principalmente naquelas em que o poder local contestou ou rejeitou o avanço do processo.
“O que aconteceu no tempo do Governo PSD/CDS-PP é que houve uma série de fusões de freguesias em que não se ouviu ninguém. Foi tudo feito a régua e esquadro em Lisboa” disse a líder bloquista, numa passagem pelas festas da cidade de Bragança.
Catarina Martins é da opinião de que o processo deveria ser resolvido no início da atual legislatura, e não ser deixado para o fim.
O Bloco de Esquerda defende referendos locais onde as próprias Assembleias de Freguesias foram contra aquela fusão e que as populações sejam ouvidas.
“Nós não dizemos que a organização administrava do país há-de ser igual todo o tempo. O país muda; não pode é mudar contra a vontade das pessoas. O que defendemos são referendos locais para saber quais são as fusões de freguesias que têm de ser revertidas e aquelas que podem manter, até porque há locais em que faz sentido”, esclareceu.
“Quando uma fusão de freguesias é artificial, a própria ideia do poder local, que é aquele mais próximo das populações, fica destruída. As populações não se sentem próximas com aquela imposição administrativa”, enfatizou a coordenadora do BE.
O JN avançava ontem que o Governo está a ultimar uma proposta de lei, para ser apresentada no Parlamento em setembro, para definir um novo mapa de freguesias até às próximas eleições autárquicas, que se realizam daqui a três anos.
Para isso, o Ministério da Administração Interna vai apresentar uma proposta no Parlamento que permitirá reverter, em parte, a fusão feita em 2013.
Fonte: ZAP