A Antram e o Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas vão reunir-se esta quarta-feira para definir os serviços mínimos na greve de 12 de agosto.
O Expresso avança esta terça-feira que a Antram – Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários vai propor para a greve dos motoristas de matérias perigosas serviços mínimos de 70%.
De acordo com o matutino, esta proposta será comunicada na quarta-feira de manhã, numa reunião com os sindicatos que avançaram com o pré-aviso de greve para 12 de agosto, e que contará com a presença de representantes do Governo.
A reunião está agendada para as 10h na Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) e tem como principal objetivo chegar a um acordo sobre os serviços mínimos que serão decretados caso a greve, por tempo indeterminado, se concretize. Caso não haja acordo entre sindicatos e patrões, será o Governo a fixar os serviços mínimos.
A proposta de serviços mínimos do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) abrange 25% da atividade normal de distribuição no território nacional, salvaguardando, por exemplo, a entrega de combustíveis aos portos e aeroportos, hospitais, lares de idosos, entre outros pontos de consumo.
No entanto, segundo apurou o Expresso, a Antram levará à reunião desta quarta-feira uma proposta mais ambiciosa, que prevê que 70% dos motoristas de cada empresa estejam disponíveis para trabalhar, de forma a que a empresa possa afetar o número necessário de motoristas para cumprimento de serviços mínimos.
No caso de uma determinada empresa trabalhar exclusivamente na distribuição de produtos a pontos tidos como prioritários, por exemplo, o nível de serviços mínimos pode mesmo atingir os 100%.
A abril, na greve que quase secou o país, os serviços mínimos tinham sido fixados em 40% para as zonas urbanas, mas tal acabou por se revelar insuficiente. Ao quarto dia de greve, o SNMMP e a Antram acordaram sentar-se à mesa para procurar um entendimento sobre as questões pecuniárias e não pecuniárias que separavam as partes.
A reunião desta quarta-feira acontece num momento tenso entre as relações da Antram com o SNMMP, que não aceita que as atualizações salariais se fiquem pelo pré-acordado aumento de 70 euros, para 700 euros mensais, do salário-base, a implementar em 2020.
Fonte: ZAP