Hugo Delgado / Lusa
Os candidatos à liderança do PSD, Rui Rio (E), e Pedro Santana Lopes (D)
Continuam a ser divulgados dados sobre a Operação Tutti Frutti que envolve o PSD num esquema de corrupção que terá passado pelo pagamento de quotas de militantes, através de um “saco azul”, para promover a votação em massa em Pedro Santana Lopes nas eleições contra Rui Rio.
Estes dados são divulgados pelo Correio da Manhã que refere que o “dinheiro sujo” do tal “saco azul” terá sido usado para pagar quotas de militantes do PSD, no sentido de influenciar a votação para a presidência do partido, de modo a que Pedro Santana Lopes derrotasse Rui Rio.
O CM sublinha que Santana Lopes não tinha conhecimento deste esquema de corrupção.
O deputado Sérgio Azevedo, vice-presidente da bancada parlamentar, seria o responsável pela implementação da prática fraudulenta, segundo o mesmo jornal, que nota também que parte da estrutura do PSD sabia do que se passava.
O “saco azul” terá sido alimentado por uma troca de “jobs for the boys“ entre o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e Sérgio Azevedo.
O deputado do PSD terá negociado com Medina a distribuição de cargos fictícios para “boys” do PS em Juntas de Freguesia ganhas pelos sociais-democratas, obtendo, em contrapartida, a garantia de lugares para os “boys” do PSD em Juntas de Freguesia lideradas pelo PS.
Os salários pagos a estes assessores que, na prática, não desempenhavam quaisquer funções, serviam para encher o “saco azul” para fazer pagamentos não documentados.
A adjudicação de obras públicas a empresas de militantes do PSD, em Juntas de Freguesia lideradas pelo partido, terá sido outra fonte de financiamento do “saco azul”.
Fonte: ZAP