Brasileiros estão a responsabilizar imigrantes venezuelanos pelo aumento da violência nas cidades que fazem fronteira com o país.
Fugindo da crise econômica e de um surto de sarampo no país vizinho, os imigrantes que chegam ao Brasil tentam se estabelecer próximos à fronteira, como Mucajaí e Pacaraima.
Essas cidades, nos dois últimos dias foram palco de protestos violentos contra a presença estrangeira. Na tarde de segunda (19), cerca de 300 pessoas invadiram um abrigo improvisado em uma escola de Mucajaí e expulsaram as cerca de 50 famílias venezuelanas que viviam ali.
Os manifestantes atearam fogo em móveis, roupas e objetos pessoais dos imigrantes. Depois de expulsarem os venezuelanos da cidade – incluindo mulheres e crianças – os manifestantes interditaram por duas horas um trecho urbano da BR-174(Estrada de fronteira) com barricadas de paus, pedras e pneus queimados.
Um dos líderes do grupo, o pastor João Batista, afirmou ao jornal “O Estado de S. Paulo” que não “aguenta mais a presença” estrangeira. “Há muitos roubos e furtos em nossa cidade”, disse.
A razão para esta revolta, no entanto, foi a morte do brasileiro Eulis Marinho de Sousa, 49. O homem teria sido morto a pauladas em uma briga de bar envolvendo venezuelanos.
Dados oficiais da Policia Federal brasileira com pedidos de refúgios e de órgãos que medem imigrantes ilegais já contabilizam mais de 100 mil imigrantes venezuelanos no Brasil.